Trabalhadores do BRT fazem protesto para cobrar salários atrasados da gestão Iris
08 agosto 2017 às 16h19

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Cerca de 250 funcionários, que estão há cerca de três meses sem receber, atearam fogo em pneus e galhos

Funcionários do consórcio responsável pela obra do BRT Norte-Sul, que está parada, protestaram nesta terça-feira (8/8) em Goiânia. Eles afirmam que cerca de 250 operários estão há cerca de três meses sem receber salário.
Após o ato, que causou trânsito na região, o Corpo de Bombeiros esteve no local para apagar as chamas.
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“Fizemos uma manifestação pacífica por falta de pagamento no consórcio BRT. De acordo com a parte administrativa das empresas [EPC e WVG] a Prefeitura não está realizando o pagamento”, disse um dos funcionários que estava no protesto, em vídeo publicado pelo vereador Jorge Kajuru (PRP).
As empresas EPC e WVG são responsáveis pelo pagamento direto aos trabalhadores por serem contratadas pelo consórcio. O pagamento feito a essas empresas, entretanto, é feito pela gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB).
Em nota, a Prefeitura de Goiânia disse que irá se reunir com a Caixa Econômica Federal (CEF) e representantes do Ministérios das Cidades para discutir sobre o retorno dos repasses do governo federal.
Questionado pelo Jornal Opção, porém, o Paço não deu nenhuma previsão para que os pagamentos sejam regularizados, limitando-se apenas que foi pedido para que os órgãos federais tomem decisão com rapidez.
Veja a resposta da Prefeitura de Goiânia na íntegra:
A Prefeitura de Goiânia se reúne hoje com a Caixa Econômica Federal (CEF) e representantes do Ministério das Cidades para discutir sobre o retorno dos repasse do governo federal.
A Prefeitura respeita o direito dos manifestantes em reivindicar o pagamento dos salários em atraso, que é uma obrigação das empresas contratadas para os serviços do BRT.
O município aguarda as manifestações sobre as adequações das planilhas de custos por parte da Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o retorno do repasse de recursos por parte da CEF.
A administração municipal pediu celeridade aos três órgãos federais e trabalha para que este impasse seja solucionado o mais rápido possível. É prioridade do município que estes problemas sejam resolvidos junto aos trabalhadores, responsáveis pelo bom andamento das obras, qualidade dos serviços, e que possam beneficiar em breve mais de 120 mil usuários do transporte coletivo em Goiânia.
Prefeitura de Goiânia
Obras
Nesta terça-feira (8) a Câmara Municipal aprovou o requerimento do vereador delegado Eduardo Prado (PV) que convida o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos da Prefeitura, Fernando Cozzetti, para explicar os reais motivos da paralisação das obras do BRT.
Eduardo Prado lembrou que a vinda do secretário, possivelmente na próxima semana, será fundamental para que sejam esclarecidos questionamentos sobre o atraso da obra, orçada entre R$ 250 milhões a R$ 300 milhões.
Os vereadores também cobraram do Paço esclarecimentos sobre a decisão da Caixa Econômica Federal ter suspendido o repasse de recursos para o BRT.