Tigre que dilacerou braço de menino no Paraná sai do isolamento

04 agosto 2014 às 16h55

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Pai garante que a criança teme pela vida do animal. “Sabe a primeira hora que ele falou [depois] que estava sem o braço? Ele falou assim: ‘não mata o tigre’. Sem o braço! Ele só pensou no tigre em primeiro lugar”, disse em entrevista ao “Fantástico”
O tigre que atacou um menino de 11 anos no zoológico de Cascavel (PR) saiu do isolamento na manhã desta segunda-feira (4/8). A medida por deixar o animal separado dos demais ocorreu para evitar que outras pessoas fizessem o mesmo que o garoto fez e ocorresse outro acidente.
Depois de cinco dias longe das visitações, ele voltará a ser exibido a partir desta terça-feira (5/8), já que o zoológico não abre às segundas-feiras. Funcionários do local garantem que o tigre Hu está tranquilo e sem estresse, “exatamente como antes do acidente”.
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Apesar da fama do animal de ser manso, os tratadores explicam que ele é territorialista e pode ficar violento caso provocado. Diante do caso, alguns grupos começaram a se mobilizar pelo sacrifício do tigre, o que já foi descartado pelo zoológico.
Em entrevista ao “Fantástico” neste domingo (3/8), o pai do menino, Marcos Carmo Rocha, de 43 anos, afirmou que o menino não quer que o animal seja morto. “Sabe a primeira hora que ele falou [depois] que estava sem o braço? Ele falou assim: ‘não mata o tigre’. Sem o braço! Ele só pensou no tigre em primeiro lugar”, afirmou.
O pai garantiu não ter visto o filho pular a cerca entrando em uma área proibida e colocando-se em risco ante o tigre. A criança já havia feito a mesma coisa, momentos antes, próximo à jaula de um leão. “Quando eu vi a situação, eu vi que estava sob controle. O leão estava muito tranquilo com ele e as pessoas envolvidas com a situação de certa maneira assim, gostando, eu digo”, alegou.
Segundo ele, a tragédia ocorreu por um “lapso”. Ele relata ter deixado o filho pequeno, de três anos, que estava em seu colo, para correr e acudir o mais velho. Ele conta que enfiou os dedos nos olhos do tigre para que ele soltasse o braço de seu filho.
A Polícia Civil do Paraná investiga o incidente foi provocado por omissão do pai do menino ou da guarda do zoológico. Rocha deve ser interrogado novamente até esta quarta-feira (6/8) e pode responder por lesão corporal.
De acordo com avaliações preliminares do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop), não há possibilidade de que o menino possa usar prótese por conta da altura em que o braço foi amputado, próximo aos ombros.