Deputado federal goiano elenca prioridades legislativas para o segundo semestre e diz confiar na agenda do novo presidente da Câmara
Ex-secretário do governo de Goiás, o deputado federal Thiago Peixoto (PSD) afirmou, em entrevista ao Jornal Opção nesta quinta-feira (14/7), que a agenda do Congresso Nacional para o próximo semestre deve estar focada na recuperação econômica do País.
A expectativa do goiano é que, com o novo presidente eleito na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a pauta considerada conservadora do deputado afastado e quase-cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fique em segundo plano. “As discussões devem continuar, mas a prioridade é outra: projetos que visem a superação da crise. Colocar o Brasil no eixo que precisa”, defende.
Entre as propostas “reacionárias” apreciados nesta legislatura estão a redução da maioridade penal, terceirização e o Estatuto da Família — todas bandeiras defendidas por Cunha e a bancada BBB (bala, boi e bíblia). “Era agenda do presidente da Câmara? Sim. No entanto, infelizmente, é preciso reconhecer que a sociedade está mais conservadora e isso não é positivo. Acho temeroso”, avalia o goiano.
Thiago Peixoto destaca que há forças no Congresso que defendem as pautas conservadoras, porém lembra que a pressão social influencia muito. “Se você conversar com amigos, familiares, vai perceber que muita gente compartilha desses ideais. É um apelo da sociedade… Mas é perigoso o rumo que estamos tomando.”
Questionado se a eleição de seu correligionário, Rogério Rosso (DF), para a presidência da Câmara não iria dar prosseguimento a esses temas polêmicos, Peixoto refuta veementemente. Para ele, uma série de factóides acabaram atrapalhando a eleição do ex-governador do Distrito Federal — que foi derrotado em segundo turno por Rodrigo Maia.
“Rosso e o PSD foram acusados de apoiar Cunha, de ter ligação com ele. Só que, em 2014, o PSD não votou em Cunha para presidente. O DEM de Rodrigo Maia, pelo contrário, votou e apoiou. É importante lembrar que o próprio Maia foi um dos principais relatores de projetos polêmicos patrocinados pelo ex-presidente. Então, não é verdade que Rosso é conservador, pelo contrário”, argumenta.
O ex-secretário goiano fez questão de dizer que não faz parte do chamado “centrão” e que acredita no governo do presidente Michel Temer (PMDB): “Centrão é um termo pejorativo, inclusive. Sou do PSD, integrante do partido e independente. Analisarei a matéria, se entender que é positiva para a sociedade, votarei.”
Em tempo
Na manhã desta quinta-feira (14), o deputado federal Thiago Peixoto (PSD) foi um dos 48 que votaram pela rejeição do recurso interposto pela defesa de Eduardo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com a derrota, o ex-presidente será julgado no plenário em agosto. Se depender do goiano, será cassado.
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