Acusação garante que Júnior Friboi feriu as normas do PMDB. Processo que deve ser finalizado no dia 22 de junho

Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção
Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção

Foram ouvidas na manhã desta segunda-feira (18/5) as testemunhas de defesa e de acusação no processo ético disciplinar aberto no PMDB pela expulsão de Júnior Friboi. Rodrigo Terra e Francisco Bento foram chamados pela defesa e Paulo César Santos Gomes pela acusação. Ambos os lados demonstravam confiança. Durval Mota, responsável pela representação, também foi ouvido pela comissão de ética do partido.

Tanto Rodrigo Terra quanto Francisco Bento argumentam que a acusação não tem embasamento técnico para conseguir a expulsão de Friboi. “Se o julgamento for político e tiver orientação de atores externos que comandam o partido há muitos anos, ele vai por um lado. Agora, se o julgamento for isento e for embasado na verdade, nos fatos que estão realmente postos, nós enxergamos e entendemos que vai dar na absolvição do Júnior”, defendeu Terra.

Francisco questionou ainda a construção da representação apresentada por Durval, que, segundo ele, cita mais a JBS do que o Friboi. “JBS é pessoa jurídica, será que está filiada ao PMDB de Goiás e nós não estamos sabendo?” pergunta Francisco. Ele diz ainda que, durante as eleições do ano passado, esteve ao lado de Marconi. “Eu fui para o palácio e prestei apoio a Marconi Perillo. Por que não estou sendo expulso?”.

Ambos desconversaram quando perguntados sobre o futuro de Friboi caso ele seja realmente expulso do partido. “Cada coisa de uma vez. Primeiro vamos ver essa agenda, ver o que vai dar, o que vai passar e depois disso feito, o futuro a Deus pertence”, disse Terra.

Paulo César e Durval, porém, têm convicção de que Júnior Friboi feriu as normas do partido. “A base de um partido é o estatuto, o programa e o código de ética, são as normas que estruturam o partido. Se a gente ignora isso, acabou”, argumentou Durval.

Durval ressalta ainda que não entrou com representação apenas contra o empresário, mas também contra outras duas pessoas, as presidentes do PMDB Jovem municipal e do PMDB Mulher, que, segundo ele, “traíram o partido”.

“A verdade tem que ser dita, assumida e responsabilizada, só isso”, resumiu Paulo César.

Dorival Mocó, o relator do processo, informou que as alegações finais serão apresentadas no dia 22 de junho, quando haverá a apresentação do relatório e acontecerá a votação que decidirá o futuro de Friboi.