“Temer é o presidente mais forte da história”, diz Paulinho da Força
10 março 2017 às 11h47
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Deputado federal e presidente nacional do Solidariedade reconhece impopularidade, mas lembra que, se economia melhorar, o cenário muda
Mais novo cidadão goiano, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), afirmou durante entrevista ao Jornal Opção que Michel Temer (PMDB) é o presidente mais impopular que o Brasil já teve, mas é “o mais forte também”.
Segundo o parlamentar, que esteve em Goiânia na noite da última quinta-feira (9/3), a base aliada conta com mais de 400 deputados na Câmara e mais de 60 senadores no Senado. “Qual presidente da República teve todo esse apoio no Congresso? É um presidente fortíssimo, que sabe fazer política”, argumentou.
Questionado se as denúncias de corrupção e a constante troca de ministros não contradiziam tal informação, Paulinho lembrou que, diferentemente da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Temer atende deputados, articula com os líderes e está aberto ao diálogo.
“É lógico que a lista da Odebrecht é outra história. Este é um governo que vai passar os dois anos sempre em estado de alerta. As coisas vão bem e, de repente, cai um ministro. Terá muita dificuldade na área da corrupção, até mesmo porque muitos políticos do governo estão envolvidos na Lava Jato”, reconhece.
Acompanhado de dois goianos e grandes aliados em Brasília, o correligionário Lucas Vergílio e Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força foi homenageado durante solenidade na Assembleia Legislativa de Goiás, que contou, inclusive, com a presença do vice-governador e possível candidato ao governo goiano em 2018, José Eliton (PSDB). Aliás, a mesa contou com dois “governadoriáveis”, além do tucano, o deputado federal e presidente do PMDB de Goiás, Daniel Vilela, esteve presente.
Matemática
Ao Jornal Opção, Paulinho da Força falou sobre o cenário para 2018 na sucessão presidencial. O sindicalista vê com “dificuldade” a possibilidade do ex-presidente Lula (PT) disputar. “Não sei se será preso, mas pode se tornar inelegível com os inúmeros processos a que responde”, disse.
Sobre Temer disputar a reeleição, o deputado do Solidariedade faz um alerta: “Eu diria que a economia vai mudar. O Brasil vai voltar a crescer e isso muda todo o cenário. Um presidente é avaliado pela economia. Se vai bem, o presidente está bem; se vai mal, o presidente cai, como aconteceu com Dilma.”
Ele lembrou que em 1992, quando o então vice-presidente Itamar Franco, assumiu a presidência após o impeachment de Fernando Collor (atualmente no PTB), ele era um dos homens mais odiados no país. “Conseguiu eleger Fernando Henrique Cardoso… Quer dizer, o quadro pode mudar muito”, arrematou.