Estado enfrenta crise migratória de venezuelanos, falta de dinheiro para pagar salários de servidores públicos e dificuldades no sistema penitenciário

Presidente Michel Temer reuniu-se com ministros e autoridades para conversar sobre a intervenção no Estado de Roraima | Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Michel Temer (MDB) anunciou na, noite desta sexta-feira, 7, intervenção federal em Roraima como solução para as crises enfrentadas pelo governo estadual. A medida terá vigência até 31 de dezembro, já que, em janeiro, assume o novo governo.
No fim da reunião com ministros no Palácio da Alvorada, Temer anunciou a decisão e afirmou ter negociado com a governadora Suely Campos (PP).
“Não encontramos nenhuma saída legal para tanto. E daí porque eu, ainda há pouco tempo atrás, falei com a senhora governadora e disse que a única hipótese para solucionar esta questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse, naturalmente, do novo governador. E fiz com a senhora governadora uma espécie de intervenção negociada. Ela acedeu a esta fórmula, concordou com esta fórmula. Acha que, de fato, a situação está se complicando no estado de Roraima e que a melhor solução seria precisamente essa”, disse o presidente em pronunciamento.
Temer afirmou que um interventor federal será nomeado neste sábado, 8, e convocará os Conselhos Defesa Nacional e da República, uma vez que a lei exige que os conselhos sejam consultados mesmo não tendo poder para barrar a decisão do presidente.
Roraima enfrenta uma crise migratória de venezuelanos nos últimos meses e não consegue pagar salários de servidores públicos estaduais. Além disso, policiais e agentes penitenciários estão em greve. A governadora prometeu regularizar os pagamentos, mas até o momento ainda não o fez.
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