Taxista chama atenção nas ruas de Goiânia por mensagem que critica usuários de Uber
27 outubro 2016 às 15h11

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Quando vinha de Uber para o trabalho na manhã desta quinta-feira (27/10), me deparei com uma crítica nada convencional estampada em um táxi de Goiânia.
Na foto acima, feita na Avenida Mutirão, é possível ver que o taxista decidiu atacar não só o serviço de transporte individual de passageiros por meio de aplicativos (que, a rigor, não é ilegal no Brasil), como também os cidadãos que o utilizam.
“Quem anda de transporte clandestino não pode reclamar de políticos corruptos”, versa o texto no vidro traseiro do táxi.
Como usuário assíduo e satisfeito da Uber que sou, questionei-me sobre a (falta de) lógica do motorista: será que ele acha mesmo que com tamanha agressividade (característica da categoria, que não aceita a modernidade e a livre concorrência de mercado) convencerá as pessoas a entrar em seu veículo? Eu duvido.
Nota
Em uma mensagem encaminha ao Jornal Opção nesta sexta-feira (28/10), a Associação dos Permissionários de Táxi de Goiânia (Aspertagyn) concorda que a atitude do taxista da foto é incoerente e precisa ser “repensada”.
Contudo, rebate as críticas feitas pelo repórter. Segundo a associação, os taxistas aceitam sim a livre concorrência, mas defendem a regulamentação do Uber para que haja uma disputa “de igual para igual”.
Veja abaixo a nota na íntegra:
Uma matéria publicada no Jornal Opção na última quintafeira (27) criticou a atitude de um taxista que se manifestou contra usuários da Uber por meio de uma frase estampada em seu veículo. A Aspertagyn (Associação dos Permissionários de Táxi de Goiânia), concorda que a forma utilizada pelo taxista não é coerente e deve ser repensada, porém discorda de outros pontos mencionados no texto, dentre eles a frase “a categoria não aceita a modernidade e a livre concorrência”. É fato que a concorrência está para qualquer tipo de mercado, assim como a Uber está para o Táxi, no entanto é bom avaliarmos o tipo de concorrência. Atualmente o serviço por meio deste aplicativo faz um desfavor à sociedade sonegando impostos e colocando no trânsito pessoas sem o devido treinamento. Além disso, a Uber fere o direito do consumidor com a conhecida tarifa dinâmica. Não queremos parar no tempo e ir contra as novas tecnologias como afirma a reportagem, o que desejamos é a regulamentação do aplicativo para que possamos ter uma concorrência de igual para igual.
Hugo Nascimento – Taxista e presidente da Associação dos Permissionários de Táxi de Goiânia (Aspertagyn)