Quatros suspeitos de envolvimento no homicídio de um advogado, em Rio Verde, foram presos durante uma operação realizada nesta sexta-feira, 4. A ação da polícia ocorreu em Nova Xavantina, em Mato Grosso.

Segundo informações, após uma série de diligências, participaram da ocorrência as polícias militares de Goiás (PMGO), de Mato Grosso (PMMT), de Minas Gerais (PMMG), além da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Executado com cerca de cinco tiros, o advogado do ramo do agronegócio, Cássio Bruno Barroso, de 48 anos, movia ações milionárias, sendo a principal linha de investigação levantada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) para apurar o homicídio.

O crime aconteceu na quinta-feira, 3, na Avenida Eurico Veloso do Carmo. Segundo a Guarda Civil Municipal (GCM), cinco ferimentos causados por arma de fogo foram encontrados no abdômen da vítima. 

O advogado chegou a ser socorrido com vida, apresentando respiração lenta e batimentos fracos no momento do resgate, mas não resistiu aos ferimentos. O óbito foi constatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) ainda no local.

O advogado, que não tinha desavenças, passagens e nem havia sido ameaçado, foi morto depois de ser surpreendido por um homem armado em frente ao próprio escritório, em Rio Verde. Cássio se preparava para entrar no veículo, quando foi baleado pelas costas pelo atirador, que fugiu em seguida em um Fiat Uno.

O carro, que era clonado, foi abandonado pelos criminosos momento depois na saída da cidade, segundo o delegado Adelson Candeo. O investigador afirma que um outro veículo teria dado continuidade a fuga.

Protesto

O advogado criminalista Gilles Gomes manifestou-se publicamente sobre o assassinato do colega Cássio Barroso. Em um vídeo publicado nesta sexta-feira, 4, nas redes sociais, Gomes expressou sua revolta com o crime e fez um apelo à comunidade jurídica do estado.

“Fomos tomados aqui no estado pela triste notícia do covarde assassinato do colega Cássio Barroso em Rio Verde”, disse o advogado. “Nosso presidente Rafael Lara esteve hoje cedo junto à família, prestando as devidas condolências, levando o conforto de toda a advocacia.”

Gomes aproveitou o pronunciamento para lançar uma campanha entre os advogados criminalistas do estado, pedindo que não assumam a defesa dos envolvidos no homicídio de Cássio Barroso. “Há uma forma objetiva de toda a advocacia criminal do estado de Goiás honrar a memória do nosso colega Cássio e também se lançar de forma eloquente contra qualquer tipo de violência à advocacia, seja qual for o ramo de atuação”, declarou.

Ele foi enfático em sua solicitação: “Não devemos assumir a defesa dessas pessoas que executaram nosso colega Cássio. Essa é a campanha que eu lanço e peço que os colegas adiram a ela.” Para o advogado, os acusados devem ser representados pela Defensoria Pública ou por advogados de outras regiões do país, mas não pelos criminalistas de Goiás. “Fica aqui o meu apelo”, finalizou.

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