O suposto esquema de repasses de valores começou em 2018, durante a gestão do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro e atual líder do governo na Câmara

Deputado Ricardo Barros (PP-PR) | Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Uma nova linha de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito, conhecida como CPI da Pandemia, é  a denúncia de pagamentos irregulares mensais de até R$ 296 mil a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde.

Reportagem do Uol, aponta que segundo a denúncia, o suposto esquema de repasses de valores começou em 2018, durante a gestão do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro e atual líder do governo na Câmara. Ele seria um dos beneficiados, porém, nega as acusações. A denúncia veio de uma ex-servidora da pasta, e foi discutido em uma reunião de senadores independentes e da oposição feita em 6 de julho, na casa de Omar Aziz (PSD-AM), que é presidente da CPI.

Entenda

Anteriormente, a distribuição de vacinas e de outros insumos pelo governo federal era feita pelo próprio Ministério da Saúde por meio da Cenadi (Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos), órgão que existiu por cerca de 20 anos. Já na gestão de Barros, a Cenadi foi extinta em seu lugar, entrou a empresa VTC Operadora Logística Ltda, conhecida como VTCLog.

A companhia passou a assumir a responsabilidade pelo armazenamento, controle e distribuição de todas as vacinas, medicamentos, soros e demais insumos entregues pela União a estados e municípios do país. Segundo um parlamentar que integra a CPI, novas testemunhas relataram a senadores que a “operadora logística” contratada durante a gestão Barros seria um meio para desviar recursos do Ministério da Saúde, inclusive durante a pandemia. (Com informações do Uol).

A VTCLog disse em comunicado que não praticou “nenhum ato ilícito” e que, “até agora”, não recebeu “pelos serviços prestados”. “Nunca houve pedido de propina de ninguém do ministério à VTCLog”.

Um dos possíveis operadores do esquema seria o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Adeílson Loureiro Cavalcante, que atuou na pasta durante a gestão de Barros. Além de negar o recebimento da propina, Ricardo Barros disse, que não possui “nenhuma ligação” com a VTCLog e que em sua gestão, tentou contratar os Correios por meio de dispensa de licitação, mas que foi impedido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que exigiu o procedimento licitatório.

*Com informações do portal UOL