A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica norte-americana (NOAA) confirmou neste mês a formação do El Niño, o fenômeno meteorológico que provoca o aquecimento acima da média no oceano Pacífico e impacta no clima do mundo todo. E previsão não é nada boa. Especialistas estão preocupados com a possibilidade de catástrofes que podem surgir com a promessa de um “super El Niño”, que pode elevar a temperatura global em até 60%.

Em Goiás, o principal efeito causado pelo fenômeno, é o aumento das queimadas. No Brasil, o fenômeno intensifica as secas nas regiões Norte e Nordeste; provoca chuvas intensas na região Sul, ocasionando deslizamentos e inundações; e diminui o volume dos rios da Amazônia, prejudicando as comunidades ribeirinhas e a fauna local.

A previsão é que de há 25% de chance de haver um super El Niño neste ano, o que poderia trazer impactos catastróficos ao clima de toda a Terra. Os últimos dez anos foram os mais quentes do planeta desde que se iniciou essa mediçao, no fim do século XIX.

Nesse período, a área povoada que registrou a maior temperatura foi a Cidade do Kwait, no Oriente Médio, com 53,2 °C. E o lugar do planeta que os termômetros atingiram o maior número (57°C) fica nos Estados Unidos, no Vale da Morte, no deserto da Califórnia.

Nos próximos cinco anos, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) prevê que aumente o número de habitantes do planeta que precisem enfrentar temperaturas extremas (acima dos a 40°C.

Entenda o El Niño

De dois em dois anos, o El Niño surge e, ano após ano, tem batido recordes de altas temperaturas. Geralmente, o fenômeno se forma entre os meses de abril e junho. No entanto, os efeitos são mais perceptíveis no Brasil entre outubro e fevereiro. Na prática, o fenômeno altera a circulação dos chamados ventos alísios, que geralmente se deslocam de lesta a oeste no planeta, carregando umidade e empurrando as águas mais quentes dos oceano Atlântico para a Ásia e Oceania.