Liminar atende pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que acusa o presidente da Câmara de chantagem e abuso de poder 

Brasília - O primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur faz a leitura dos documentos relativos ao pedido de impeachment da presidenta Dilma. Ao lado, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Liminar do STF afasta Eduardo Cunha do cargo de deputado federal | Foto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki determinou na manhã desta quinta-feira (5/5) o afastamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal.

Liminar do ministro relator da Lava Jato atende pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot, que apontou 11 situações que comprovariam o abuso de poder por parte do deputado e chega a chamar o presidente da Câmara de “delinquente”. Segundo documento, Cunha “constrangia e intimidava parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes com o objetivo de embaraçar e retardar as investigações”.

Confira na íntegra da decisão.

A assessoria do deputado confirmou que ele recebeu, há pouco, a notificação da Corte. Quem assume a presidência da Câmara é o vice Waldir Maranhão (PP-MA), que também é investigado na Lava Jato.

Cunha é réu em uma ação penal que tramita no STF sobre o suposto recebimento de U$S 5 milhões de propina em contratos de navios-sonda da Petrobras. Cunha está na linha sucessória da Presidência da República, cargo que não pode, de acordo com a Constituição, ser exercido por um réu. (Com informações Agência Brasil)