Cardiologista foi preso há exato um mês por suposto envolvimento em um esquema de corrupção no Hugo, de 2009

Por dois votos favoráveis e um contrário, a 2ª Câmara Criminal de Justiça do Estado de Goiás concedeu, nesta quinta-feira (4/7), habeas corpus ao médico Rafael Haddad, preso no início do último mês de julho. Ele é suspeito de envolvimento no esquema de direcionamento de pacientes para UTIs em hospitais particulares de Goiânia, revelado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) após deflagração da Operação SOS Samu.

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O mandado de prisão contra Haddad, expedido pela juíza substituta Patrícia Dias Bretas há exato um mês, levou em conta a suposta participação do cardiologista em um conluio semelhante, só que no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), de 2009. Haddad é acusado de prática de formação de quadrilha, crimes de corrupção passiva e ativa envolvendo serviço de emergência do Hugo.

Antes de ser detido no dia 4 de julho, o médico já havia ficado preso durante cinco dias, quando a Operação SOS Samu foi deflagrada. O MPGO chegou a pedir prorrogação do mandado, mas o juiz substituto Denival Francisco da Silva negou a solicitação.

No pedido de habeas corpus, impetrado pela defesa de Rafael Haddad logo após sua prisão, os advogados Márcio Cunha e Thales Jayme garantiram que o cliente não oferecia riscos e que nunca teria tentado obstruir as investigações da Justiça. Asseguraram, ainda, que não haviam provas suficientes do envolvimento do médico com qualquer prática ilícita.

Sobre a denúncia de que direcionaria pacientes do Hugo para UTIs de sua propriedade, a defesa do médico destaca que o mesmo já teria esclarecido que sequer presta atendimento ao Sistema Único de Saúde.