Sétimo dia de guerra na Ucrânia tem “pausa” para negociações com Rússia
03 março 2022 às 17h05

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Delegação ucraniana e russa devem se encontrar hoje para tentar um novo acordo; apesar da “pausa”, ministro das Relações Exteriores da Rússia chegou a declarar que a operação militar na Ucrânia deve continuar “até o fim“
Após uma quarta-feira, 2, com intensos ataques do exército de Vladimir Putin à Ucrânia, a quinta-feira, 3, segue com uma relativa pausa das tropas russas. O motivo seria uma nova reunião entre delegações ucranianas e russas para tratar de um possível cessar-fogo. As delegações já haviam se reunido no início na semana, mas a negociação não surtiu em efeitos diplomáticos. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski alegou que as exigências para rendição da Rússia eram absurdas. O encontro será novamente em Belarus.
Os bombardeios nas cidades de Kiev e Kharkiv continuam, mas de forma mais “leve”. Os ataques em áreas civis também não cessaram. Apesar da “pausa”, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, chegou a declarar que a operação militar na Ucrânia deve continuar “até o fim”, sob justificativa de não permitirem que “haja um ataque direto contra a Rússia a partir da Ucrânia”. Na declaração, o ministro chegou a falar em “russofobia” contra os russos, que estaria sendo incentivada pela Otan e pelos Estados Unidos. Lavrov ainda descartou qualquer possibilidade de um conflito nuclear por parte do país.
Emmanuel Macron conversa com Putin
Em uma conversa por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, Putin afirmou que a Rússia vai alcançar seus objetivos na Ucrânia em qualquer caso. Conforme informou o governo russo, Putin disse que quaisquer tentativas do governo da Ucrânia de atrasar as negociações resultariam em mais itens à sua lista de exigências para rendição.
Putin alega que está invadindo a Ucrânia para promover o que chamou de “desmilitarização e desnazificação” do país ucraniano. Ele também exige que o país se mantenha de forma neutra em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Europeia (UE).