Paulo Magalhães diz que Anselmo é “bipolar” e avisa: “Se quer briga, vai ter”
04 novembro 2015 às 11h57
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Integrante do Solidariedade se incomodou com repercussão que presidente da Câmara de Vereadores ganhou na imprensa com projeto que reduz recesso parlamentar
A primeira meia hora da sessão plenária da Câmara Municipal de Goiânia foi marcada por discussão e abandono do plenário de alguns vereadores, nesta quarta-feira (4). Paulo Magalhães (SD) chamou o presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB), de “bipolar” e ameaçou denunciá-lo por suposto desvio de recurso público. O tucano rebateu, dizendo que o colega é “ingrato” e deveria “raciocinar melhor”.
O primeiro usou a tribuna para criticar o tucano, o acusando de ter tirado proveito de seu projeto que pede a redução do recesso parlamentar. “Está há oito mandatos e só agora resolve falar disso. O senhor parece que está colocando o carro na frente dos bois. Tem que respeitar os vereadores, desde o mais o humilde ao mais pomposo. Pode ter tido mais votos do que eu, mas deve respeitar, pois temos mandato igual. De repente achou que a Câmara é de sua propriedade”, atacou.
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Paulo continuou: “Eu fiz tudo para ser seu amigo, mas o senhor é bipolar. De dia é de um jeito, de tarde é de outro. Se quer briga, vai ter briga. Hoje o senhor é um adversário meu. Vão acabar suas mordomias”. O vereador ainda prometeu acionar o Ministério Público de Goiás (MPGO) para apurar suposto desvio de recursos na realização da primeira edição do projeto Câmara Itinerante, no Setor Pedro Ludovico, bairro o qual representa.
Anselmo rebateu as críticas do colega de plenário. “Se tem uma pessoa que deve receber o título de ingrata é o senhor, que se acha paladino. Todos seus projetos são atendidos por mim, que te auxilia 24 horas. Seu projeto [sobre o recesso] estava enterrado e entrei com emenda complementar para salvá-lo, pois ia cair. Se for inteligente… eu contei os votos e senhor ia perder. Raciocine melhor”, disse o tucano.
A discussão se deu pela repercussão na mídia do projeto de emenda à Lei Orgânica do Município que diminui os 92 dias de férias dos vereadores para um mês durante o ano. A data ficou definida após emenda de Anselmo ser aprovada na sessão de terça-feira (3). A proposta, de 2013, é de autoria de Paulo Magalhães e estava arquivada.
Debandada
Izídio Alves (PMDB) não gostou do diálogo. “Vou me retirar do plenário, pois vim aqui para trabalhar. E aqui não vai ter trabalho.” Felisberto Tavares (PR) também discordou. “É ruim vir aqui e presenciar diálogo desse nível. Vou me retirar. Quando começarem os trabalhos eu volto.”
Já com os ânimos mais calmos, Djalma Araújo (Rede) provocou os colegas. “No final vocês estarão se abraçando. Tivemos tapas, logo mais teremos beijos.”
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