Servidores da Saúde de Goiânia mantêm greve com 80% do efetivo em atendimento

01 julho 2014 às 14h28

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Categoria reclama que o Paço Municipal não apresentou proposta formal e que negociações foram feitas apenas verbalmente. Paralisação de trabalhadores é parcial

O 20° dia de paralisação dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia foi marcado pela manutenção da greve da categoria. No entanto, o Sindicado dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde) decidiu por manter 80% do efetivo nas unidades de atendimento, em obediência a ordem judicial. O posicionamento foi divulgado nesta terça-feira (1°/7) após deliberação no auditório Costa Lima da Assembleia Legislativa, no Setor Oeste.
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Os trabalhadores reivindicam o pagamento da data base 2014 sem parcelamento, adicional de insalubridade, pagamento do auxílio movimentação, segurança nas unidades de saúde, bem como o cumprimento do plano de carreira e a inclusão dos administrativos nele.
Presidente do sindicato, Flaviana Alves Barbosa afirmou ao Jornal Opção Online que a Prefeitura de Goiânia negociou apenas de maneira verbal com os grevistas. Ela explicou que o Sindsaúde questiona como foi estabelecido o ponto de corte que rege sobre o pagamento do auxílio de deslocamento entre a casa e o local de trabalho do servidor.
“A Praça Cívica [no Centro da capital] é o ponto de partida considerado pela prefeitura. Queremos correção, pois muitos foram excluídos com esse parâmetro”, pontuou. As diretrizes foram publicadas em portaria entre o fim de maio e o início do mês passado pelo Paço Municipal. Flaviana destaca que há servidores que não recebem auxílio por morarem perto dos locais de trabalho –– a distância mínima é de 10 km.
Em relação à insalubridade, o sindicato diz que os valores são pagos como complemento salarial e pede que o mesmo se transforme em bônus ou gratificação. “Mas queremos que a insalubridade seja paga somente para quem deve receber”, observou. Os índices vão de 20% para os de nível técnico e 30% para os superiores.
O Sindsaúde ressalta que a greve é parcial, pois médicos e agentes de endemia não participam. Alguns administrativos e enfermeiros, farmacêuticos, técnicos em enfermagem e em higiene bucal, nutricionistas e psicólogos aderiram ao movimento.
A reportagem entrou em contato com a SMS, que informou que se posicionará por meio de nota. O titular da pasta, Fernando Machado, não atendeu as ligações e até o fechamento da matéria não retornou os contatos.