Categorias marcharam em protesto à política do prefeito. Manifestação começou a ser organizada após confronto com Guarda Municipal na última quinta-feira (23/4)

Os servidores da Educação e da Saúde de Goiânia ocuparam as ruas do Centro da capital na manhã desta quarta-feira (29/4) durante ato contra o prefeito Paulo Garcia (PT).

As categorias, que estão em greve há mais de duas semanas, se uniram para protestar contra a política do petista, que, segundo os trabalhadores, vem sucateando o serviço público do município há anos.

A manifestação começou a ser organizada após confronto com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) na última quinta (23) que deixou servidores da Educação feridos.

Durante o protesto, várias pessoas se manifestaram através dos carros de som. Eles reclamaram de falta de material nas unidades de saúde e nas escolas, das decisões da Justiça — que determinou que 90% dos trabalhadores da Saúde e 50% da Educação voltassem ao trabalho — e da atitude truculenta da GCM.

Houve também denúncia de coação contra servidores contratados, que estão sofrendo ameaças de suspensão dos contratos caso decidam aderir à paralisação.

Segundo a Polícia Militar, cerca de cem pessoas participaram do ato. O protesto foi tranquilo, gerando apenas alguns congestionamentos devido ao fechamento de vias por onde os manifestantes passavam.

Enquanto os servidores ocupavam a avenida Anhanguera, aproximadamente oito ônibus do Eixo Anhanguera ficaram impedidos de seguir caminho. A assessoria de imprensa da Metrobus informou, porém, que o veículo que ficou mais tempo parado ficou por cerca de vinte minutos e que as viagens não foram prejudicadas.

Negociações

Tanto a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde (Sindsaúde), Flaviana Alves, quanto o representante do Comando de Greve do Sindicato Municipal dos Trabalhadores da Educação (Simsed), Hugo Rincón, afirmaram que o diálogo com a prefeitura não tem evoluído.

Ambos destacaram que as últimas reuniões entre as categorias e representantes do município não avançou devido à falta de propostas da prefeitura.

IMAS

Após deixar a praça do Bandeirante, local de concentração para a manifestação, os trabalhadores seguiram para a porta da sede do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Lá, eles denunciaram a dificuldade em achar atendimento médico pelo plano da prefeitura.

Segundo representantes da Educação, os servidores que ficaram feridos no confronto com a GCM na última quinta passaram por diversos hospitais procurando atendimento pelo Imas e não conseguiram.

Baixo Movimento
Foto: Marcello Dantas
Foto: Marcello Dantas

A quantidade de servidores da Saúde na Câmara de Vereadores de Goiânia tem sido pequeno após a Justiça decretar o retorno da maior parte dos profissionais às unidades de atendimento.

Eles vão à Casa para assinar ponto de frequência do movimento denominado “paredista”, liderado pelo Sindsaúde. O Jornal Opção Online esteve na Câmara nesta quarta-feira (29/4) e percebeu que a fila para assinar os nomes estava mínima, ao contrário do que era visto nas duas últimas semanas.

Segundo um servidor, diariamente passam por lá cerca de 200 pessoas. No entanto, assembleia realizada no auditório Jaime Câmara na terça-feira (28) contou com aproximadamente 700 trabalhadores.