Senadores querem que Moro fale sobre acusações contra Bolsonaro no Congresso
24 abril 2020 às 19h37
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Parlamentares consideraram graves as declarações do ex-ministro de Justiça Sergio Moro e afirmaram que irão convocar juiz para falar
O senador Angelo Coronel (PSD-BA) afirmou nesta sexta-feira, 24, que pretende convocar o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, para falar à comissão parlamentar de inquérito (CPI) das Fake News. A publicação foi feita por meio de sua conta no Twitter. Em coletiva onde anunciou sua saída do governo, Sergio Moto afirmou que Jair Bolsonaro demitiu o diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, para ter acesso a informações sigilosas que poderiam comprometer membros da sua família.
Para Coronel, Moro teria feito uma delação premiada e destacou que ele poderia “Ele poderia ter agido lá atrás e denunciado o presidente de querer dominar a PF para controlar algumas investigações”.
O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) protocolou um requerimento de convocação para que Moro fale à CPMI. O requerimento deverá ser votado tão logo o Congresso Nacional retorne à normalidade, conforme declarou Coronel.
Para a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), Moro “tem história para levarmos a sério as muitas declarações bombásticas que fez contra Bolsonaro. Afirmou, taxativamente, que o presidente queria intervir politicamente na PF, ter acesso indevido a inquéritos e produzir relatórios de inteligência, sabe-se lá contra quem”.
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) defendeu que as declarações de Moro requerem uma CPI específica. Em seu perfil no Twitter, ela disse que a bancada de seu partido irá pedir uma CPI Mista para apurar as denúncias de Moro.
Já Ranguffe (Podemos-DF) quer convidar Moro para depor na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC). Ele destacou que a Polícia Federal deve ser um órgão de Estado e não do governo. Considerou as declaraçõs de Moro gravíssimas e disse ser “revoltante e totalmente inaceitável querer transforma-la (a PF) em um instrumento de uso pessoal”.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também apresentou um convite para que Moro fale na CCJ sobre “as denúncias graves que externou”.