Pelo Twitter, parlamentar lembrou que suposto delator do esquema investigado pela operação do Ministério Público Estadual negou depoimento que o acusava

Senador José Agripino Maia rebate acusações de propina | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr
Senador José Agripino Maia rebate acusações de propina | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que qualquer tentativa de vinculação de seu nome à Operação Sinal Fechado é uma infâmia. O nome do parlamentar foi citado na operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) que investigava um esquema de corrupção no Detran do estado depois de um delator afirmar que o parlamentar pediu a ele R$ 1 milhão.

No último domingo (22/2), o programa Fantástico, da Rede Globo, trouxe uma reportagem sobre a investigação do MP-RN sobre uma denúncia de corrupção na inspeção veicular no estado que resultou na Operação Sinal Fechado.

O senador negou qualquer envolvimento com o esquema e ressaltou que vincular seu nome a essas denúncias é faltar completamente com a verdade. José Agripino lembrou, por meio do Twitter, que o delator negou, em testemunhal registrado em cartório, as acusações que havia feito e que a Procuradoria Geral da República (PGR) havia arquivado a denúncia.

O delator George Olímpio, apontado como mentor do esquema, afirmou que “todas as declarações, inclusive as que imputam práticas de corrupção (..) ao senador José Agripino (…) são desprovidas de provas concretas” e ainda que  “não houve pagamento de propina ou mesmo promessa ao senador José Agripino Maia”.

“Estaria eu sendo acusado pelo suposto delator de fatos que ele próprio, recente e voluntariamente, contestou e negou em testemunhal registrado em cartório no Rio Grande do Norte? Estaria eu sendo objeto de denúncia de igual teor à que a Procuradoria Geral da República já teria apurado e arquivado? Por que razão estes fatos, que não são novos, estariam sendo retomados neste momento?”, questionou o parlamentar do DEM.

O MP-RN encaminhou, em 2012, à PGR um pedido de investigação sobre o senador. O então procurador-geral, Roberto Gurgel, determinou o arquivamento do processo devido à inexistência de indícios que confirmassem a participação de Agripino no esquema.

No documento em que pediu o arquivamento, o procurador afirmou “não vejo como dar seguimento a eventual investigação, que imporia necessariamente a quebra do sigilo bancário dos eventuais envolvidos, sem fundamento razoável para a medida”.