“Sem orçamento será só mais uma lei”, diz secretário sobre teste obrigatório em profissionais da Saúde
30 abril 2020 às 12h40
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Ismael Alexandrino reconhece importância da matéria aprovada ontem na Câmara de Deputados, mas diz que sem orçamento e com a falta de testes a lei é inexequível
A Câmara de Deputados aprovou nesta quarta-feira, 29, um projeto de lei que dá prioridade na testagem do novo coronavírus a profissionais que atuam no combate à Covid-19 e estão em contato direto com pessoas contaminadas, caso dos profissionais de saúde e dos agentes funerários. A proposta ainda precisa ser aprovada no Senado.
A iniciativa da proposta é do deputado federal Zacharias Calil (DEM). A prioridade em testes vale para os seguintes profissionais: médicos; enfermeiros; fisioterapeutas; psicólogos; assistentes sociais; policiais e bombeiros; guardas municipais; integrantes das Forças Armadas; agentes de fiscalização; agentes comunitários de saúde; agentes de combate às endemias; técnicos de enfermagem; motoristas de ambulâncias; biólogos, biomédicos e técnicos em análises clínicas; trabalhadores de serviços funerários e de autópsia; profissionais de limpeza; farmacêuticos, bioquímicos e técnicos em farmácia; dentistas; e outros profissionais que sejam convocados a trabalhar durante o período de isolamento social e que tenham contato com pessoas ou com materiais que ofereçam risco de contaminação pelo coronavírus
O secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino reconhece a importância da medida. “Já estava no nosso planejamento com aqueles 90 mil testes que recebemos, de priorizar os profissionais da saúde. Mas faz uma ressalva: “é importante que venha [a lei] junto orçamento e equipamento suficiente, se não será só mais uma lei, será inexequível”.