Sem Enil, Buonaduce e Lúcio Flávio participam de debate no programa Paulo Beringhs
18 novembro 2015 às 12h13
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Candidato da OAB Forte apresentou propostas concretas, ao passo que opositor não avançou no discurso de mudança
Promovido pelo Jornal Brasil Central, edição da noite, o debate entre candidatos à presidência da OAB-GO foi marcado pela diferença de discurso entre os candidatos. O jornalista Paulo Beringhs foi o responsável pela mediação do evento, que marcou o seu retorno à TV Brasil Central.
Aquela foi a primeira vez que os advogados se enfrentaram em uma emissora de televisão aberta. O evento reuniu os advogados Flávio Buonaduce, da chapa OAB Forte, e Lúcio Flávio, à frente da OAB Que Queremos. O atual presidente da Ordem e candidato pela chapa OAB Independente, Enil Henrique, não compareceu e alegou não ter sido avisado sobre uma mudança de horário.
A menos de dez dias para as eleições, cresce a mobilização nas ruas, na mídia e redes sociais, para tentar alcançar o maior número possível da classe jurídica em Goiás. Durante o confronto, Paulo Beringhs equilibrou os arremates e as consecutivas respostas que os dois candidatos fizeram entre si. O jornalista salientou o papel histórico da OAB na defesa da democracia e lembrou o aniversário de 85 anos da instituição, comemorado nesta quarta-feira (18/11).
Desde o início do debate, que se iniciou com as apresentações dos candidatos, foi possível analisar as diferenças nas posturas e proposições com que cada chapa se comprometeu caso assuma a gestão da Seccional da Ordem.
Flávio Buonaduce demonstrou que a experiência como conselheiro, secretário-geral da OAB-GO e diretor-geral da Escola Superior de advocacia (ESA) rendeu propostas factíveis e assertivas. Já Lúcio Flávio, que não tem histórico de participação na instituição, clamou pela renovação, repetindo o discurso da mudança, mote principal de sua campanha.
Buonaduce afirmou que pretende “melhorar a defesa das prerrogativas e promover o enfrentamento do mercado de trabalho, criando condições para que os advogados do Estado de Goiás tenham suporte no exercício da profissão”.
Já Lúcio Flávio concentrou suas perguntas e respostas em críticas a conquistas da advocacia e ao projeto OAB Forte, que segundo ele “é insuficiente, administra a Ordem de forma amadora e é gerido por caciques”. O candidato, no entanto, não soube explicar quem seriam os ‘donos’ do grupo e chegou a afirmar que tem “respeito por pessoas do projeto e pela trajetória delas”.
Quando questionado sobre a proposta de criação de uma Procuradoria de Prerrogativas, Lúcio Flávio falou que pretende fazer “a contratação de três procuradores, por meio de concurso público, para realizar de forma profissional o atendimento às prerrogativas, buscando a penalização de autoridades que as violem”.
Durante a réplica, Flávio Buonaduce esclareceu que o trabalho da Comissão de Prerrogativas hoje é feito por mais de 80 advogados, que se dispõem a trabalhar voluntariamente na capital e em todo o Estado, e demonstrou a“inviabilização financeira” da proposta.