Senador pelo MDB e pré-candidato a reeleição com o apoio do PSC, o emedebista tem mantido diálogo com todos os postulantes

Em meio à chegada do PSC ao primeiro escalão do governo do Estado, o senador Luiz do Carmo (MDB), que está de malas prontas para retornar ao PSC, tem mantido diálogo com “todos”. Ele quer concorrer à reeleição e não descarta uma eventual “candidatura avulsa”, sem integrar uma chapa majoritária com governador e vice-governador. O que está certo é que o senador tentará a reeleição.

Nas últimas eleições gerais houve uma tentativa, porém o postulante, o então vice-presidente do Patriotas, Santana Pires, teve a sua candidatura impugnada e todos os votos anulados por descumprimento da Lei da Ficha Limpa.

Santana tentou uma candidatura “separada”, apoiando então governador José Eliton (PSDB) à reeleição, mas sem apoiar a chapa do Senado, que era encabeçada por Marconi Perillo (PSDB) e Lúcia Vânia (sem partido). Mesmo com a impugnação, a candidatura avulsa ao Senado seria permitida, porque as chapas para o Senado devem seguir a Legislação Eleitoral.

Apesar do imbróglio, o emedebista afirma que essa é uma das possibilidades que ele tem em mente. A sua única certeza é de que será candidato ao Senado, sem abrir mão de apoiar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), à reeleição.

Sobre a possibilidade de ser candidato pela base do governador Ronaldo Caiado (Democratas), com quem foi eleito em 2014 como 1º suplente, o senador afirma que a decisão do senador da chapa será tomada somente em abril ou maio de 2022. “Nada mudou. Estive em uma reunião com Caiado e ele nos colocou uma proposta que entendo ser justa, de escolher o candidato ao senado somente em 2022, adotando critérios claros e objetivos para os interessados”, explica o emedebista, que continua tentando viabilizar a sua candidatura.

Independente da decisão, ele reitera que será candidato, “de uma forma ou de outra”, e que ficaria muito honrado se essa possibilidade se concretize ao lado de Ronaldo Caiado, porém tem conversado com todos os demais pré-candidatos. “Não posso deixar de reconhecer que existem nomes fortes no pleito, e que já fui procurado por todos eles”, explica o senador.

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PSC não é impasse

Além da possibilidade de uma candidatura avulsa para o Senado ser inviabilizada, o emedebista também enfrentará o retorno do PSC, do seu irmão Eurípedes do Carmo, ao Governo Estadual. O partido deve ficar com a Agência Goiana de Fomento de Goiás (Goiás Fomento) e Eurípedes  deve assumir a pasta.

Ambos acreditam que a situação não inviabiliza a candidatura de Luiz do Carmo à reeleição, independentemente da chegada do senador ao PSC, porque não descartam a possibilidade de apoiar a candidatura do senador à reeleição, sem que o PSC se prejudique no apoio a candidatura de Caiado à reeleição.

“Vamos trabalhar para a sua candidatura”, afirma o presidente do PSC, Eurípedes do Carmo, que reitera o direito que o seu irmão tem de entrar no páreo. Segundo ele, seu irmão é pré-candidato ao Senado e o partido vai trabalhar para que ele saia candidato ao Senado, por uma chapa avulsa. “Vamos apoiar ele e o governador, Ronaldo Caiado”, acrescentou o presidente.