Sem água e energia, professores permanecem no plenário da Câmara de Goiânia

10 junho 2014 às 19h35

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A ocupação ocorreu durante a sessão plenária desta terça-feira logo após ser rejeitado o pedido de abertura de comissão para analisar o impeachment do prefeito Paulo Garcia

O plenário da Câmara de Goiânia está sem água e energia. Após a ocupação por professores municipais na manhã desta terça-feira (10/6), o corte foi a medida encontrada pela presidência da Casa para dificultar a permanência dos grevistas no local. Em entrevista ao Jornal Opção Online, o coordenador de comunicação do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), informou que a expectativa é que os profissionais permaneçam no plenário até que a gestão municipal negocie as pautas da categoria.
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Com os aparelhos de ar-condicionado desligados, o local está bastante abafado, mas, ainda sim, cerca de cem profissionais permanecem no plenário. Durante o período de almoço, foi proibida a entrada de alimentos e bebidas no recinto. O coordenador conta que os professores temem que o episódio se repita durante o período noturno.
A ocupação ocorreu durante a sessão plenária desta terça-feira logo após ser rejeitado pelos vereadores o pedido de abertura de comissão processante para analisar o impeachment do prefeito Paulo Garcia (PT). Na manhã desta quarta-feira (11), os professores irão decidir em assembleia os rumos da ocupação e do movimento grevista.
O coordenador de comunicação do Simsed afirmou que o corte de água e energia teria sido uma ordem direta do presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB). O Jornal Opção Online entrou em contato com o vereador, mas, até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
Mais cedo, ele afirmou em entrevista coletiva que a ocupação já era prevista pela Mesa Diretora da Casa. Clécio garantiu que sabia da intenção dos professores, inclusive que os docentes chegaram à Câmara preparados, com colchões e cobertores a tira colo.
Por esse motivo, o presidente teria proposto, antes da votação, um “requerimento verbal” solicitando a suspensão da sessão por tempo indeterminado após a apreciação. Diferentemente do que aconteceu durante a última vez em que os professores ocuparam o plenário, em outubro do ano passado, a sessão poderá ser aberta em qualquer lugar.