Recém-nascidas eram unidas pelo tórax e abdômen e compartilhavam o fígado. Elas nasceram no HMI, no dia 10 de dezembro de 2014
A gêmea siamesa que passou por cirurgia de separação da irmã faleceu por falência múltipla dos órgãos no início da noite desta sexta-feira (9/1), segundo comunicado do Hospital Materno Infantil (HMI). O estado de saúde de Anny Gabrielly era gravíssimo e suas funções renais estavam comprometidas. Hoje, ela passaria por sessões de hemodiálise. A irmã dela, Anny Beattriz, morreu na madrugada de quinta-feira (8), pelas mesmas causas.
As recém-nascidas foram separadas no dia 3 de janeiro, em uma cirurgia de altíssima complexidade que durou 5 horas. Ao todo, 12 profissionais, entre cirurgiões pediátricos, médicos intensivistas, anestesistas, cardiologista, nefropediatra e enfermeiros participaram da cirurgia.Desde então, estavam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do hospital e respiravam com a ajuda de aparelhos.
Na última segunda-feira (5), o médico que cuidava das irmãs, Zacharias Calil, disse durante entrevista coletiva que Anny Beattriz tinha “mais complicações cardíacas” que Anny Gabrielly — que precisava urgentemente de sangue tipo O positivo.
As gêmeas, que eram unidas pelo tórax e abdômen e compartilhavam o fígado, nasceram na unidade de saúde no dia 10 de dezembro de 2014.
As meninas eram filhas do técnico agrícola Jeiel dos Santos, de 25 anos, e Iara Pereira Dourado, de 24. O casal é da Bahia e veio para Goiás em busca do tratamento. Ainda de acordo com Zacharias Calil, o fato raro pode ter sido ocasionado devido ao contato da mãe das crianças com agrotóxicos sete meses antes de engravidar.
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