O Brasil voltou a marcar presença entre os principais polos acadêmicos da América Latina, com São Paulo e Rio de Janeiro incluídas no top 10 regional do novo levantamento “QS Best Student Cities 2026”, divulgado neste mês pela consultoria britânica QS Quacquarelli Symonds. Embora tenham perdido posições no ranking global, ambas as cidades seguem se destacando no continente, consolidando o país como um importante destino para estudantes universitários.

A liderança regional permanece com Buenos Aires, que fica em 32º lugar no ranking geral. A capital argentina se manteve na ponta mesmo diante de desafios relacionados ao financiamento do ensino superior e às recentes tensões políticas sobre cortes na educação pública. De acordo com o relatório da QS, os conflitos orçamentários e a alta do dólar enfraqueceram a atratividade da cidade para estrangeiros, mas não o suficiente para tirá-la da liderança latino-americana.

São Paulo, embora tenha caído do 97º para o 101º lugar no ranking global, segue entre as cidades com maior densidade de instituições de ensino superior de qualidade, além de ampla oferta cultural, oportunidades de estágio e networking profissional. Já o Rio de Janeiro subiu duas posições, alcançando o 144º lugar no ranking mundial. A cidade é reconhecida pelo seu apelo turístico, diversidade e ambiente acadêmico vibrante.

Outras capitais latino-americanas também mostraram avanços. A Cidade do México subiu do 85º para o 73º lugar, e Bogotá, da Colômbia, avançou do 110º para o 99º. Lima e Monterrey também registraram leves melhorias em suas posições.

No cenário global, a principal surpresa foi a ascensão de Seul ao topo do ranking, desbancando Londres, que manteve a liderança por seis anos. A capital sul-coreana foi elogiada por sua excelência acadêmica, segurança, inovação e infraestrutura. O ministro da Educação da Coreia, Ju-Ho Lee, celebrou o resultado. “Este reconhecimento reafirma a crescente confiança global no sistema de ensino superior da Coreia”.

A edição 2026 do ranking avaliou 150 cidades com base em indicadores como qualidade das universidades, diversidade estudantil, acessibilidade, oportunidades de carreira e feedback dos estudantes. Apesar das dificuldades econômicas enfrentadas por países da América Latina, o relatório destaca o potencial de crescimento do ensino superior na região e o papel central das capitais como centros de excelência universitária.

Veja o ranking

Melhores do mundo

  1. Seul
  2. Tóquio
  3. Londres
  4. Munique
  5. Melbourne
  6. Sidney
  7. Berlim
  8. Paris
  9. Zurique
  10. Viena

América Latina

  • Buenos Aires (32º lugar)
  • Santiago do Chile (50º lugar)
  • Cidade do México (73ª posição)
  • Bogotá (99º lugar)
  • São Paulo, (classificado em 101º lugar)
  • Monterrey (classificado em 111º lugar)
  • Lima (classificado em 126º lugar)
  • Rio de Janeiro (classificado em 144º lugar)

Leia também

Mais de 15 milhões de estudantes do ensino médio estão em escolas vulneráveis a desastres climáticos no Brasil