Saiba quais são as 5 músicas brasileiras mais bonitas da história, segundo especialistas
Italo Wolff
14 julho 2025 às 18h15
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5. O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos
Adalto Bento Leal: “Pela melodia, Trenzinho Caipira, de Heitor Villa-Lobos, é para mim a música brasileira mais bonita já . A letra que Ferreira Gullar fez posteriormente sintetizou o espírito da viagem de trem: ‘Cantando pela serra, o luar Correndo entre as estrelas, a voar’.”
Adalto Bento Leal é cantor, compositor, instrumentista e arranjador com 50 anos de carreira.
4. Canção Sertaneja, de Camargo Guarnieri
Fernando Cupertino: “Canção Sertaneja é a primeira peça de Guarnieri. É o retrato do caipira do interior paulista em uma linguagem moderna. Guarnieri escreveu a obra em 1928, sob influência de Mário de Andrade, pouco após a Semana de Arte Moderna de 22. É a alma brasileira”
Fernando Cupertino é pianista, fundador do Duo Terra Brasilis e divulgador da música brasileira de concerto.
3. Rosa, de Pixinguinha
Fernando Perillo: “Rosa, de Pixinguinha, faz parte daquele que talvez seja o disco mais importante da música Brasileira: a gravação em 78 rotações da RCA Victor, com “Carinhoso” no lado A, e Rosa no lado B, na voz de Orlando Silva. Foi muito bem reconstruída e apresentada para a nova geração pela Marisa Monte.”
Fernando Perillo é um cantor e intérprete.
2. Bachianas Brasileiras, de Heitor Villa-Lobos
Nasr Chaul: “Villa-Lobos é uma praça onde passam várias transversais: Tom Jobim, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Djavan. É o precursor das tendências modernas da música brasileira, ele reúne tudo.”
Nasr Chaul é professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), historiador, letrista e gestor cultural.
1. Bachiana nº5, de Heitor Villa-Lobos
Gyovana Carneiro: “Pelo contexto histórico, a Bachiana nº 5 pode ter sido a música que mais operou mudanças no Brasil. Além disso, é uma múscia que toca qualquer pessoa no mundo — fala do Brasil mas rememora Bach. É múscia mundial sendo brasileira, com DNA brasileiro, mas com referências internacionais.”
Gyovana Carneiro é doutora em Ciências Musicais e professora da UFG. É colaboradora do Jornal Opção.