Para Kosachev, chefe de Assuntos Internacionais russo, assassinato põe fim ao acordo nuclear

Presidente da Rússia, Vladimir Putin / Foto: Evgenia Novozhenina

Com a morte do general Qasem Soelimani, a Rússia acredita que a tensão no Oriente Médio irá aumentar. Para Konstantin Kosachev, chefe do Comitê de Assuntos Internacionais do Senado Russo, o assassinato deu fim às últimas esperanças de salvar o acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências, embora Washington tivesse renunciado ao tratado em 2018.

Para Kosachev, o ataque poderá implicar em um acelerar de desenvolvimento de armas nucleares no Irã. Ainda, afirmou que o atentado parece uma vingança pela ação contra a embaixada americana em Bagdá, e acredita em novos ataques entre os EUA e radicias xiitas.

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia comunicou, em nota que “Soleimani se dedicou a defender os interesses nacionais do Irã’ e que o povo russo expressa sinceras condolências ao povo iraniano.”

O general Soelimani era comandante da Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC). O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícia iraquiana apoiada pelos iranianos. O Pentágono comunicou que Soleimani arquitetava planos de assassinatos de diplomatas e militares americanos no Iraque e região e que a ação foi para desmobilizar as ameaças.

Em ligações telefônicas trocadas entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e Emmanuel Macron, da França, os líderes políticos demonstraram preocupação com o atentado e disseram que ação pode agravar situação no Oriente Médio.