Rússia declara apoio ao Irã e condena assassinato de general Soelimani
03 janeiro 2020 às 15h30
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Para Kosachev, chefe de Assuntos Internacionais russo, assassinato põe fim ao acordo nuclear
Com a morte do general Qasem Soelimani, a Rússia acredita que a tensão no Oriente Médio irá aumentar. Para Konstantin Kosachev, chefe do Comitê de Assuntos Internacionais do Senado Russo, o assassinato deu fim às últimas esperanças de salvar o acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências, embora Washington tivesse renunciado ao tratado em 2018.
Para Kosachev, o ataque poderá implicar em um acelerar de desenvolvimento de armas nucleares no Irã. Ainda, afirmou que o atentado parece uma vingança pela ação contra a embaixada americana em Bagdá, e acredita em novos ataques entre os EUA e radicias xiitas.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia comunicou, em nota que “Soleimani se dedicou a defender os interesses nacionais do Irã’ e que o povo russo expressa sinceras condolências ao povo iraniano.”
O general Soelimani era comandante da Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC). O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, chefe de milícia iraquiana apoiada pelos iranianos. O Pentágono comunicou que Soleimani arquitetava planos de assassinatos de diplomatas e militares americanos no Iraque e região e que a ação foi para desmobilizar as ameaças.
Em ligações telefônicas trocadas entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e Emmanuel Macron, da França, os líderes políticos demonstraram preocupação com o atentado e disseram que ação pode agravar situação no Oriente Médio.