Rubens Otoni: “PMDB tomou uma medida precipitada”
02 abril 2016 às 18h27
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Para deputado federal, oposição entra em momento de dificuldade e não conseguirá votos necessários para aprovar impeachment da presidente Dilma Rousseff
Durante o evento que oficializou a pré-candidatura de Adriana Accorsi à Prefeitura de Goiânia neste sábado (4/2), o deputado federal Rubens Otoni (PT) se disse confiante na permanência da presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo. O petista ressaltou as manifestações pró-governo e disse acreditar que oposição entra em um momento de dificuldades.
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Na avaliação de Rubens, a oposição não tem os votos necessários para aprovar o impeachment. Além disso, a adesão aos movimentos pró-Dilma em todo o país deve dificultar o afastamento da presidente. “Vejo que o que vai pesar muito nos próximos dias na definição e no humor da Câmara dos Deputados será a manifestação das ruas”, argumenta. “Por isso, essa manifestação que hoje, em todo o Brasil, demonstra uma força de mais que o dobro daquilo que nós conseguimos no último dia 18, vai ser definidora”.
Para Rubens, as manifestações mostram que “O povo brasileiro, que os trabalhadores e trabalhadoras do campo da cidade não aceitam o ataque a democracia e não vão aceitar o golpe”. “Eu vejo que a oposição entra agora em um momento de dificuldade. O que vai definir, no meu entendimento, à favor da democracia e à favor da presidenta Dilma é a manifestação das ruas”, opinou o deputado.
Saída do PMDB
Comentando a saída do PMDB da base aliada da presidente, Rubens ressaltou que há a possibilidade de reversão da opção peemedebista. “Acho que é uma decisão que ainda não será definitiva. Já existem manifestações, inclusive de alguns ministros, de deputados e deputadas sinalizando que não concordam com essa posição e que não votarão pelo afastamento da presidenta”, afirmou ele.
“É um jogo que ainda está sendo jogado, não apenas dentro do PMDB, mas nos outros partidos também. Vai depender muito das articulações e conversas que serão realizadas durante os próximos dias”, defendeu.
Sérgio Moro
Questionado ainda sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o juiz responsável pelas investigações da Lava Jato, Sergio Moro, não irá julgar o ex-presidente Lula (PT), Rubens disse que houve um reconhecimento daquilo que já era defendido dentro do governo. “É o que a sociedade já sabia e havia sempre uma insistência para confundir e dificultar a ação do governo”.