Roberto Balestra enumera “vantagens” da base marconista. “Estamos duas voltas à frente dos adversários”
03 julho 2014 às 14h32
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Pepista minimiza impasse quanto ao chapão estadual, ao qual o PP teve de ceder, e diz que ataques oposicionistas não prejudicam por falta de conteúdo
Ao comentar o cenário eleitoral goiano em conversa com o Jornal Opção Online nesta quinta-feira (3/7), o deputado federal Roberto Balestra (PP) não poupou críticas à forma de atuação oposicionista, que segundo ele, ainda não conseguiu nem se aproximar do que seriam propostas para contrapor os feitos do governador Marconi Perillo (PSDB). O pepista acredita que as investidas dos pré-candidatos da oposição, sobretudo do peemedebista Iris Rezende, não terão resultado, a não ser o de desqualificar a eles mesmos. “Não é subestimando a capacidade do adversário que se vai convencer os eleitores, porque quem não tem proposta não convence”, resumiu.
Para Roberto Balestra, o governador tem encarado a situação da melhor maneira: ignorando-a. “Tudo o que ele tinha de responder e provar já vez, não hesitou em abrir seus sigilos”, disse, referindo-se ao caso Cachoeira, que desestabilizou em 2012 a política em Goiás. “Peixe morre é pela boca, não é?”, alfinetou na sequência, já que há uma vertente governista que relaciona o nome de Iris Rezende aos primeiros contratos firmados em Goiânia com a empresa Delta, no último mandato do peemedenista como prefeito da capital.
“Nessa campanha, o Marconi vai só reforçar seu projeto, enquanto a oposição vai ter o trabalho de tentar provar que pode fazer melhor. Nossa proposta de governo já está pronta, temos vantagens sobre todos os pré-candidatos”, confia. O pepista salienta que antes mesmo de o processo eleitoral ganhar força, a oposição já se encontra em desvantagem porque o tucano visitou todo o Estado nos últimos dois anos. “Estamos duas voltas à frente dos adversários”, reitera.
Sem rachaduras aparentes
Depois do tumulto causado na semana passada com a colocação da deputada federal Magda Mofatto (PR) como pré-canditada à vice de Marconi Perillo em contraponto a José Eliton, pensou-se que a base aliada –– especificamente PSDB, PTB, PSD, PR e PP ––, tivesse chegado a um consenso ainda na noite de quinta-feira, quando reunião entre representantes dos partidos obtiveram de Pedro Canedo, em nome do PP, que o partido cederia ao chapão estadual. Porém, Roberto Balestra tentou resistir em nome dos candidatos pepistas, a fim de convencer as legendas aliadas a compreenderem a necessidade que o partido tem de garantir bancada forte na Assembleia.
“Queríamos no máximo nos aliar a partidos menores para garantir um resultado melhor”, disse, admitindo que as chances diminuem com nomes petebistas, pessedistas e do PR.
Nova reunião na última quarta-feira (2) solicitada por José Eliton, presidente do PP, goiano, reforçou o recuo da sigla. Desta vez os candidatos pepistas participaram da decisão, o que levou Balestra a aceitar. Descontraído e sem demonstrar qualquer rancor de ver sua posição ignorada, o parlamentar disse aos risos que não há motivos para insistir, se os próprios candidatos recuaram. “Eu lutava por conta deles, eles acertaram assim, não há o que fazer. Nem digo que isso é uma infelicidade, mas uma definição”, amenizou.