IPTU/ITU: Reunião entre prefeito e base aliada adia votação para a próxima semana
25 novembro 2014 às 16h12
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De acordo com vereador petista, tendência é que reajuste de quase 60% proposto pelo Paço seja mantido
*Colaborou Marcelo Gouveia
O projeto que reajusta o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU/ITU) pode ser apreciado em primeira votação na próxima terça-feira (2/12) na Câmara de Vereadores de Goiânia. Isso porque a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), que votaria a proposta nesta quarta-feira (26/11), foi remarcada para as 8 horas de amanhã.
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O motivo foi o agendamento de um novo encontro amanhã entre os vereadores da base e o prefeito da capital, Paulo Garcia (PT), às 15h, no Paço Municipal, como adiantou o Jornal Opção Online nesta terça-feira (24). Segundo Carlos Soares, presidente da CCJ e líder do PT na Casa, a intenção dos colegas é levar ao petista “o fruto e o sentimento” das audiências públicas realizadas recentemente. “Assim, o projeto vem com mais clareza entre a base e o Poder Executivo, com um diálogo final sobre o que vamos fazer com esse projeto”, argumentou. Ontem, o líder se manifestou contra o projeto que prevê aumento de 57,8% e 29,7%, a serem aplicados nos próximos dois anos.
Os peemedebistas Clécio Alves, presidente da Câmara, e a líder do prefeito, Célia Valadão, cogitaram a possibilidade de suspender a sessão desta terça-feira (25) para reunião com Paulo Garcia. No entanto, o esvaziamento do plenário fez os dois recuarem do encontro.
Vereadores da base disseram à reportagem que a reunião será crucial para decidirem seus votos. “Espero que seja alcançada uma meta que beneficie a população, de forma que os mais pobres paguem menos”, comentou Rogério Cruz (PRB). “Ou recua, ou se apresenta uma solução, sem que se arrebente com o contribuinte. Não adianta, tem que recuar na hora que vai perder”, alertou Paulo Magalhães (SD). “Sei da importância do reajuste e vamos sofrer graves consequências se não aprovarmos”, observou Eudes Vigor (PMDB).
Ontem, o líder do bloco moderado — grupo que vota de maneira independente e é formado por quatro vereadores —, Zander Fábio (PSL), reafirmou em audiência pública que ele e seus pares vão votar contra a proposta, caso a prefeitura não recue.
O petista Carlos Soares, no entanto, afirma que a tendência é que se mantenha o índice de quase 60% de reajuste proposto pela prefeitura. “Este é o sentimento da maioria da base”, argumentou. “Se vai aprovar ou não, o coletivo é quem vai decidir”, acrescentou, lembrando também que as audiências públicas realizadas para tratar sobre o reajuste fomentaram o interesse da “maioria da base” em manter o projeto da forma em que está.