Ilze Scamparini se emocionou ao contar sobre o mês que passou na capital goiana acompanhando as discussões sobre o tema

Repórter Ilze Scamparini | Foto: reprodução / Globo
Repórter Ilze Scamparini | Foto: reprodução / Globo

A repórter da TV Globo Ilze Scamparini se emocionou ao relembrar a cobertura do Césio-137, um acidente radioativo que deixou um rastro de contaminação em Goiânia em 1987. A emoção da jornalista foi extravasada durante o especial Globo 50 anos no “Jornal Nacional”, na noite desta quarta-feira (22/04).

Na época, a repórter passou um mês na capital goiana acompanhando as discussões sobre o tema e os desdobramentos do caso. Ela chorou ao relembrar a cobertura.
No Twitter, internautas comentaram a emoção da atual correspondente internacional da Globo na Itália.

“A emoção da @IlzeScamparini ao falar do Césio-137 é a mesma sentida por todos nós que morávamos em Goiânia. Fomos muito discriminados!”, disse um usuário. “Ilze Scamparini se emocionando no @jornalnacional #JN #Globo50”, anotou outro.

O acidente

Um aparelho utilizado em radioterapias abandonado nas antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), na Avenida Paranaíba, Setor Central de Goiânia, deu início à tragédia com o césio-137.

Dois catadores de materiais recicláveis encontraram o equipamento desconhecido e decidiram pegá-lo para tentar vender, acreditando se tratar de sucata. O aparelho então foi desmontado e repassado adiante, o que resultou em um rastro de contaminação classificado como cinco na Escala Internacional de Acidente Nucleares, que vai até sete.

Com a repercussão nacional e internacional do caso, goianos sofreram discriminação em vários Estados. Eram vítimas de piadas de mau gosto, como a de para saber se alguém era goiano, era só ver se ele brilhava no escuro.