Renan Calheiros inquere Moro e é criticado nas redes sociais
Francisco Costa
19 junho 2019 às 15h53
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Ministro disse que houve sensacionalismo do site que divulgou as conversas e que pessoas embarcaram, inicialmente, na tese do conluio e conspiração
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O nome do senador emedebista Renan Calheiros está entre os trending topics do Twitter. O congressista inquiriu o ministro da Justiça Sergio Moro, que participa de oitivas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, 19, para tratar sobre o teor das conversas divulgadas pelo The Intercept, que ele classificou como “coisas graves”.
Sobre a matéria e conversas trocadas pelo aplicativo Telegram com procuradores, em especial Daltan Dallagnol, o ministro Moro disse que houve sensacionalismo do site [a palavra sensacionalismo foi utilizada em diversos momentos pelo ministro] na divulgação. “Na primeira leitura, as pessoas embarcaram na tese do conluio e conspiração. Embarcaram nesse sensacionalismo”.
Questionamentos
Em longa elaboração, Calheiros perguntou sobre homologação de delações antes da Lei de 2013; sobre apoio às dez medidas contra a corrupção; além de citar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, que foi colocado nas conversas divulgadas.
Sobre essa última, Moro disse se tratar de “um grande ministro, assim como vários outros”. Em relação às outras, o ex-juiz federal declarou, sobre homologação de delações antes da lei de 2013, que o fez baseado em outras Leis com previsão legal sobre o tema; e que tinha algumas divergências em relação às dez medidas contra a corrupção, na época em que foram apresentadas.
A sessão na CCJ do Senado teve início às 9h20, desta quarta-feira, 19.
Pelo Twitter, muitos comentários de deboche ao senador. “Senador Renan Calheiros sabatinando Sergio Moro. O mundo não deveria ter passado de 2000”. Outro usuário citou: “Alvo de 13 inquéritos, esses Renan tem que ser preso e não ocupar cadeira no Senado”.
Inclusive, em relação a isso, outra pessoa tuítou que “em qualquer País decente, o ex-juiz da Lava Jato e atual Ministro da Justiça, Sergio Moro, só ficaria frente à frente com o senador Renan Calheiros, alvo de 13 inquéritos no STF, para proferir sua sentença e manda-lo para cadeia”.