Relatório do CNJ cita peculato e desvio de dinheiro de acordo da Lava Jato envolvendo Moro, Hardt e Dallagnol

16 abril 2024 às 19h04

COMPARTILHAR
Relatório do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) sobre irregularidades na Operação Lava Jato responsabiliza Sergio Moro, Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol por desvio e peculato dos repasses de R$ 2,1 bilhões provenientes de acordos de leniência. “Irregularidades ou ilegalidades supostamente ocorridas no fluxo de trabalho desenvolvido durante diversas investigações e ações penais que compuseram a Operação Lava Jato”, diz o documento obtido e divulgado pela revistaVeja.

O documento aponta ainda que houve “reiteradas ações ou omissões do juízo” para “auxiliar autoridades americanas a construírem casos criminais em face da Petrobras com interesse no retorno de parte da multa”.
Em setembro do ano passado, o Jornal Opção mostrou que o ex-juíz de Curitiba e hoje senador, Sérgio Moro, passou a ser investigado por repasses de R$ 2,1 bilhão à Petrobras. Segundo a investigação, entre 2015 e 2019, houve um repasse sem “critérios objetivos” à estatal.
Leia também: Sergio Moro é investigado por transferência de R$ 2,1 bilhões à Petrobras
A articulação também teria como objetivo que a estatal “não fosse investigada em inquéritos civis públicos no Brasil pelo efetivo prejuízo causado aos acionistas em razão de suas falhas nos mecanismos de governança e controle”.
Leia também:
Dez anos após Lava Jato, Andrade Gutierrez e Odebrecht ganham licitações bilionárias
André Mendonça libera renegociação geral de acordos da Lava Jato