Relatório defende tarifa diferenciada de ônibus por distância na Grande Goiânia
23 agosto 2017 às 09h43

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Comissão que investiga situação do transporte coletivo na região metropolitana deve propor mudança na cobrança

O relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga o transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia, vereador Anselmo Pereira (PSDB), propôs, em seu relatório parcial, mudanças na cobrança da tarifa de ônibus.
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Na manhã desta quarta-feira (23/8), durante audiência na Câmara Municipal da capital, o tucano defendeu valores diferenciados conforme a distância. Assim, quanto mais longa for a viagem do usuário, mais cara será.
“Goiânia vai pagar pra vocês [em referência aos prefeitos das cidades na Região Metropolitana]? Ao quebrar a hegemonia da tarifa única, vamos abrir a discussão. Nosso entendimento é que está havendo um sacrifício do usuário de Goiânia que anda menos e é o maior financiador”, defendeu.
De acordo com o tucano, a tarifa única só deve continuar se for realmente criado um fundo para financiar o transporte, mas que seja bancada não só por Goiânia, mas pelo Estado e municípios. “O relatório vai trazer essas indagações, do que é o transporte”, completou.
Para que não haja diferenciação da tarifa por distância, por cidades, o parlamentar defende que haja subsídio diversos, como pelo IPVA, parquímetros, das prefeituras e da regulamentação dos aplicativos de transporte individual (como Uber, 99Pop).
“O sistema faliu, não tem remédio. Ou se quebra a hegemonia da tarifa única, cria-se o anel tarifário, mas é uma proposta penosa”, arrematou.
A proposta ganhou força nesta Legislatura, em especial porque o próprio prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), deu sinais de que aceitaria municipalizar o transporte coletivo, o que, segundo especialistas, seria um grande retrocesso para a integração de toda a Região Metropolitana.

Apoio
A proposta de tarifa diferenciada foi rejeitada, durante entrevista há alguns meses, pelo presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PMDB). Segundo ele, em 2005, quando foi feita a reorganização do sistema na capital, foi pactuada a tarifa única justamente para não prejudicar os mais pobres que, na maioria das vezes, são os que moram mais longe do Centro da capital.