Orlando Amaral confirmou planos da secretária Fátima Mrué de não renovar parceria, mas alertou para dívida de R$ 20 milhões

Reitor durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira | Foto: Larissa Quixabeira

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Amaral, lamentou, na manhã desta segunda-feira (2/10), a decisão da gestão Iris Rezende (PMDB) em romper o contrato com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) na administração das maternidades Dona Iris e Nascer Cidadão.

Desde que assumiu, a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, tem promovido mudanças controversas nas duas unidades, que chegaram a paralisar parte do atendimento à comunidade por falta de recursos.

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Sob a explicação de que pretende realizar concursos públicos e, assim, deixar de terceirizar os serviços, a auxiliar do prefeito de Goiânia prorrogou o contrato com a Fundahc apenas até novembro — e não deve renová-lo.

“Temos orgulho dessa parceria com as maternidades Dona Iris e Nascer Cidadão, mas infelizmente a secretária aventa possibilidade de encerrar o contrato. Não é iniciativa nem intenção nossa, mas quem nos contrata é a prefeitura”, lamentou o reitor.

No entanto, faltando um mês para o fim do contrato, nenhum concurso foi aberto e não há previsão da Secretaria Municipal de Saúde de assumir a gestão até o prazo estipulado. Até o momento nenhuma substituição dos terceirizados foi feita.

Além disso, Orlando Amaral lembra que, se decidir pela não continuidade da parceria, a Prefeitura de Goiânia terá que acertar o gigantesco passivo que tem com a Fundahc: mais de R$ 20 milhões.

Também na manhã desta segunda-feira (2/10), o novo secretário de Finanças de Iris Rezende, Alessandro Melo, anuncia medidas para contenção de gastos e aumento da arrecadação visando superar a crise financeira que assola o Paço. Até hoje, o prefeito não conseguiu equilibrar as contas e insiste no discurso de terra arrasada.