Reitor diz que não tem autonomia para interferir junto ao MEC
31 julho 2015 às 13h46
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Servidores técnico-administrativos da UFG, do IFG e IF Goiano tentam último suspiro com Orlando do Amaral. Ele diz que, agora, reajuste é “muito difícil” para União
O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Afonso Valle do Amaral, afirmou ao Jornal Opção Online nesta sexta-feira (31/7) que as principais reivindicações dos servidores em greve de três instituições de ensino superior federal no estado estão fora de seu alcance.
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“Elas fogem da gestão, autonomia e capacidade de resposta. Isso depende do governo federal. Deve-se pressionar o MEC [Ministério da Educação] e do Ministério do Planejamento. Não temos autonomia para definir esse aumento de 27,3%, o que é decisão da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff [PT]”, disse, ao comentar o bloqueio do acesso ao prédio da reitoria.
Ainda de acordo com Orlando Amaral, qualquer pauta salarial reivindicada à União será “muito difícil” de ser atendida nesse momento. Segundo o dirigente, a decisão sobre redução da jornada de trabalho também não compete a ele.
Mas o maior confronto de ideias está no pedido de revogação do contrato firmado entre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que gere o Hospital das Clínicas desde o final de 2014, e a UFG. “Não é possível, nós batemos de frente com isso. Não há casos de assédio moral como dizem. O que escuto de outras universidades que funcionam plenamente sob a gestão da empresa é que o atendimento mudou radicalmente para melhor. São impressões altamente positivas”, analisou.
Mais cedo, ao ser questionado sobre quais os motivos do protesto no local e até que ponto Orlando Amaral poderia intervir o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFES GO), José Pires Júnior, respondeu que a categoria espera iniciativa do reitor para tentar solucionar o impasse com os órgãos ministeriais.
Os servidores técnico-administrativos em educação da UFG que atuam no HC, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) estão em greve há mais de dois meses.