Reforma tributária, inovação e sustentabilidade marcam 16ª Convenção de Contabilidade de Goiás
31 outubro 2025 às 12h29

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Reforma tributária, governança pública e o futuro da profissão foram alguns dos temas da 16ª Convenção de Contabilidade de Goiás. Nesta quinta, 30 e sexta, 31, na sede do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO) foi palco para conexões para impulsionar a transparência, a inovação e o desenvolvimento sustentável. O evento reuniu autoridades, empresários e especialistas para discutirem o papel estratégico da contabilidade, diante das mudanças tecnológicas, ambientais e a nova legislação tributária, vigente a partir de 2026.
Em entrevista exclusiva para o Jornal Opção, a presidente do CRC-GO, Sucena Hummel explicou que a contabilidade é uma profissão em constante transformação. “Nós estamos aí com uma grande porta de oportunidade, que é a reforma tributária, onde o protagonista é o contador. Nós temos uma pauta importante, que envolve os contadores, que é a sustentabilidade e os relatórios financeiros”.

Sobre a importância da 16ª convenção, a presidente do CRC-GO disse que o compromisso é trazer temas atuais, para envolver os contadores. Para que juntos pensem na sustentabilidade, na governança pública e a vinda do ministro confirma isso. “O compromisso que nós temos com a gestão pública, com a aplicabilidade dos recursos para que todos os contribuintes comecem a enxergar a importância do dinheiro dos seus recursos e para onde ele é aplicado”.
O ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes palestrou sobre “Governança Pública – o desafio do Brasil”. Durante sua fala, foi logo questionando o público: o que é governança? Na visão dele é transparência, integridade e avaliação do risco. “Se não tem transparência, não tem integridade, não tem avaliação do risco, o governo toma decisões erradas, ou seja, comete muitos equívocos. Em consequência disso, não entrega resultado para a sociedade”, enfatiza.
Falta boa governança de fronteira no Brasil
Em entrevista exclusiva para o Jornal Opção, Augusto Nardes disse que o ocorrido no Rio de Janeiro, por exemplo foi um erro de governança. “Morreram 121 pessoas, consequência de praticamente não ter sido monitoradas as favelas. Quem manda nas favelas do Rio são os traficantes e as milícias. Para uma pessoa morar, ela tem que pagar um dízimo para morar na favela”, enfatiza.
“Então é importante que a gente deixe registrado, que quando não tem uma boa governança, nós não vamos ter uma cidade pacificada e consequentemente nenhum país pacificado”, explica o ministro do TCU. Questionado sobre qual é o posicionamento do governo federal frente ao ocorrido, Augusto Nardes disse que há oito anos vem alertando que a governança de fronteira está abandonada.
“Eu fiz uma auditoria e mostrei para o governo que toda a cocaína e armas entram via fronteira. Alertei o governo, aí não quero citar um partido, alertei todos os governos, que sem uma boa governança de fronteira não tem como conduzir a nação brasileira, porque quem está tomando conta e quem é mais organizado que o próprio Estado são esses Comandos Vermelho e PCC”, afirma.
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