Cristiane Schmidt já manifestou seu interesse de que Goiás possa aderir imediatamente ao texto aprovado no Congresso

Foto: Elisama Ximenes/Jornal Opção

A secretária da Economia, Cristiane Schmidt, não esconde seu desejo pela implantação imediata da Reforma da Previdência federal em Goiás. Após a entrega do texto do Planalto no Congresso na manhã de quarta, 20, a titular considera que sua aprovação será um ganho para o futuro do Estado.

A ajuda das Unidades da Federação é algo com que o ministro da Economia, Paulo Guedes, conta desde o início dos debates sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de 2019. Goiás sempre se colocou na linha de frente desses Estados que desejam a reforma e estão dispostos a ajudar.

“A ideia é que os governadores, ou pelo menos parte, irão apoiar desde que tenha respingos dessas regras para suas respectivas gestões”, explica a secretária. “Não adianta uma reforma em nível federal que não alcance os Estados e municípios”, completa.

De acordo com Cristiane, 83% da Receita Corrente Líquida de Goiás é voltada para pagamento de pessoal. “Estamos vivendo para nos manter e não para fazer política pública e queremos reverter isso com uma melhor distribuição de renda, que reduza desigualdades e injustiças”, afirma.

Para ela, a Reforma da Previdência é crucial para reverter esse quadro no Estado, tendo em vista o que é gasto com aposentados pelo Governo. “Hoje a soma de inativos e pensionistas é praticamente igual à quantidade de ativos em Goiás, com uma diferença mínima. Ano que vem esses números se igualam e caminhamos para uma maior quantidade de aposentados daqui a alguns anos”, detalha.

Em outras palavras, Cristiane considera que tanto a aprovação quanto a adesão automática pelos Estados à reforma é importante para “garantir sobrevivência no futuro”. “Goiás quer ser líder, quer estar na dianteira pelo bem estar das gerações futuras”, acrescentou.

A titular também informou ao Jornal Opção que, mesmo com o interesse no texto federal, uma equipe da secretaria estará responsável por fazer um estudo específico de Goiás, para agilizar impactos a curto prazo no Estado, já que a reforma de Bolsonaro prevê um período de transição de 12 anos.

“Para isso vamos contratar o consultor Paulo Tafner para que ele possa dizer o que podemos fazer e que Leis estaduais teremos que ajustar”, finalizou. Tafner é um economista brasileiro, especialista em previdência, que já manifestou seu agrado com o texto de Paulo Guedes.