“Queremos o pagamento imediato de 100% da folha”, defende associação de professores
30 janeiro 2019 às 10h29
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Governo de Goiás afirma que está realizando todos os esforços para quitar 67% restante da folha
A secretária de Educação Fátima Gavioli afirmou na noite desta terça-feira, 29, que os servidores da Educação que recebem até R$ 2,7 mil (líquido) terão o salário referente ao mês de dezembro depositado na conta nos próximos dias. A Associação Mobilização dos Professores (AMPG) cobra o restante da folha e questiona motivo do empenho parcial.
Segundo a Seduce, tal recorte corresponde a 33% da folha salarial de dezembro de 2018, que deixou de ser paga pelo governo anterior. Fazem parte desta lista prioritária 16.449 servidores da Educação. Já a categoria disse que, “não estamos procurando esmolas e sim valorização efetiva da Educação. Portanto, queremos pagamento imediato de 100% da folha de dezembro”, rebateu.
“O que parecia impossível começa a se concretizar, que é o empenho da folha de dezembro da educação. Porém, o governo se comprometeu em empenhar apenas 33% da folha, para os profissionais que ganham até R$ 2,7 mil, até sexta-feira, dia 1º. Queremos e vamos buscar o empenho total da folha até segunda-feira, 4, que é quando realizaremos uma nova assembleia”, defendeu o professor da rede estadual de ensino, Thiago Oliveira.
Sobre os pagamentos, a secretária explicou que o valor total para pagamento dos servidores, que gira em torno de R$ 31,9 milhões, está em processo de empenho. O governo estadual vai utilizar R$ 3 milhões do tesouro direto, além de R$ 29 milhões provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Não serão todos os servidores públicos e muito menos todos servidores da Educação que vão receber até sexta, mas a pressão está fazendo aparecer o dinheiro, afinal ele existe, temos o Fundeb e vamos atrás do que ainda está ‘sumido’. Afinal, se pagarem esses 33% essa semana ainda restarão outros 67% para receber que continuarão pagando juros e sofrendo dificuldades diárias”, defendeu a AMPG.
De acordo com um representante da categoria, caso seja necessário, os profissionais da educação irão ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) cobrar explicações sobre a demora em realizar o pagamento, uma vez que existiria recurso do Fundeb suficiente em caixa.
“Antes, a secretária alegava que o pagamento estava emperrado pela questão jurídica do não empenho. E agora, qual é o impedimento? Não existe problema jurídico, apenas falta de vontade. A luta não terminou, sabemos que o recurso existe e vamos atrás do nosso salário”, explicou Thiago.
O Governo de Goiás afirma que está realizando todos os esforços para quitar o restante da folha.