“Quadro de pessoal não aumentou, mas despesa cresceu quase 500%”, diz presidente da Goiasprev
12 novembro 2019 às 10h17
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Gilvan Cândido apresenta dados sobre o déficit previdenciário nas contas do Estado durante primeiro debate público sobre Reforma da Previdência
O presidente da Goiasprev, Gilvan Cândido, explicou que nos últimos 15 anos o crescimento da despesa com folha de pessoal chegou a quase 500%. “Não é o caso de ficarmos buscando culpados, mas nós devemos fazer diagnósticos para tentar identificar para onde vamos e o que podemos fazer para desviar essa rota”, afirmou o titular da Goiasprev no primeiro debate público sobre a reforma da Previdência Estadual, realizado nesta segunda-feira, 11, na sede da OAB-GO.
“Cresceu 490% a despesa de pessoal entre 2003 e 2019. Em 2004, tínhamos cerca de 120 mil servidores. Em 2019 continuamos com aproximadamente 121 mil servidores. O quadro de pessoal não aumentou, mas despesa cresceu quase 500%. É uma despesa que tem que pagar. É sagrado pagar o salário”, disse Gilvan.
Conforme os dados da Goiasprev, os recursos pagos ao funcionalismo público, seja ativo ou aposentado e pensionista, é difícil entre o Poder Executivo (52,6), Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (20,7%), o Tribunal de Contas do Estado (69,7%), o Tribunal de Contas dos Municípios (57,1%), a Assembleia Legislativa (74,1%). Apenas o Ministério Público (MP-GO) tem superávit, de 33,2%, que vive uma situação de 5 ativos para cada inativo.
“Tivemos uma sucessão de omissões e as medidas necessárias não foram adotadas. Isso vem impactar todos nós. O caminho é de acomodação. Há espaço para que possamos dialogar e construir alternativas”, destacou o procurador-geral de Justiça, Aylton Vechi, que já participou de reuniões com o governador para conhecer a matéria, ao lado de representantes de outros órgãos e secretários de Estado.
Representando o Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás, o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar (Assof), coronel Anésio Barbosa, argumentou que existem alternativas que podem ser incluídas nos debates referentes à Previdência, mas admitiu que a expectativa de vida atual é maior que nos anos anteriores e, por isso, a idade mínima para aposentar pode ser alterada.