PT minimiza ausência de Dilma em homologação de Padilha e reprova ofensas contra presidente

15 junho 2014 às 16h45

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Ex-ministro foi oficializado ao Palácio dos Bandeirantes sem a presença dela. Xingamentos direcionados a ela foram criticados por aliados

A presidente Dilma Rousseff não compareceu à convenção que oficializou o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo de São Paulo pelo PT na manhã deste domingo. (15/6), na capital do paulista. Os aliados aproveitaram a oportunidade para reprovar as ofensas dirigidas a ela durante a abertura da Copa do Mundo, no jogo entre Brasil e Croácia.
A presença da petista estava prevista anteriormente. No entanto, ela está gripada e envolvida com os preparativos para a reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, logo mais a noite. Com isso, Dilma cancelou a viagem. A cúpula do PT classificou a ausência da presidente como natural, já que o contratempo se justificou também por motivos de agenda oficial.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que aprendeu em casa a ter educação e respeito, em referência aos xingamentos na abertura oficial. “Se esse tipinho de gente acha que fazendo o que fez com a Dilma vai nos amedrontar, eu quero dizer para eles que se tivesse medo, teria pedido a minha mãe para não nascer. Nasci para enfrentar esse tipo de gente”, criticou.
O líder do partido na Câmara dos Deputados, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e o deputado estadual Antonio Mentor amenizaram em discurso a falta dela. Para eles, a ausência de Dilma não interfere no lançamento da candidatura e não preocupa a militância.
“Em minhas veias corre o sangue paulista, o sangue daqueles que não se acomodam. Eu não sou conformista. Mudança não é para os acomodados”, avaliou o governadoriável. São Paulo é administrado pelo PSDB há 20 anos.