Ex-tucano sugere que, por ter grande participação no governo Temer, partido estará atado na Câmara
Para o deputado federal Alexandre Baldy (PTN), seu antigo partido, o PSDB, terá “dificuldade muito grande” em se posicionar a partir de agora na Câmara Federal.
Isso porque, ocupando três ministérios do governo interino de Michel Temer e caminhando lado a lado com o PMDB, será difícil manter a independência nas votações. “Confesso que quero assistir”, disse ele em visita ao Jornal Opção.
Com o fim do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Casa em janeiro de 2016, o tucanato se articula para eleger seu sucessor. Contudo, Baldy avalia como “pouco provável” um tucano presidente da Câmara Federal. “Tradicionalmente, a Câmara é presidida pelo partido que tem mais parlamentares. Assim, a legitimidade é do PMDB, mesmo com Temer no Planalto”, explicou.
Sobre a formação do novo “blocão” de apoio ao governo na Câmara, que deve ser composto por 15 partidos (incluindo o próprio PMDB), Baldy vê com ceticismo a proposta — confirmada pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO) ao Jornal Opção. “Difícil fazer um bloco muito grande, pois é uma tese de sustentação desafiadora”, argumentou.
A tese do deputado do PTN é que, como haverá partidos que têm cargos no governo, obviamente haverá uma “dependência” para atuação política. Ao passo que os outros, como estarão “de fora”, poderão manter a independência — como é o caso do seu partido e bloco parlamentar (composto por 22 deputados).
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