“PSDB não é alternativa”, defendem líderes do Movimento Brasil Livre
20 maio 2015 às 13h04

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Kim Kataguiri e outros representantes do MBL falam sobre oposição, Marcha pela Liberdade e queda no número de pessoas na manifestação de 12 de abril

Kim Kataguiri e outros líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) que estão marchando rumo a Brasília pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitaram a passagem por Goiânia para, na manhã desta quarta-feira (20/5), visitar a redação do Jornal Opção e ceder entrevista exclusiva.
Durante a conversa, os jovens descartaram o PSDB como alternativa possível ao governo do PT e atribuíram a queda na quantidade de pessoas nas ruas nas manifestações do dia 12 de abril à “pulverização” do movimento para alcance de um maior número de cidades e à dificuldade de divulgação.
“O PSDB não é uma alternativa, mesmo porque não só o PSDB como nenhum outro partido hoje existente é liberal. Não existe partido, por exemplo, que defenda oficialmente e abertamente a privatização da Petrobrás como a gente defende ou a privatização da saúde e da educação com sistema de voucher como a gente também defende”, afirma Renan Santos.
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Murilo Resende, que faz parte do MBL em Goiânia, acrescenta: “O político [goiano] que mais se aproxima [dos ideais do MBL], não tanto por um viés liberal, mas pelo liberal-conservador, é o Ronaldo Caiado”. Murilo cita também o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB), que gravou vídeo chamando a população a participar de manifestação organizada pelo movimento.
Quando questionado sobre a queda no número de pessoas nas ruas na segunda manifestação chamada pelo MBL em 2015, no dia 12 de abril, Kim respondeu: “O nosso foco na manifestação do dia 12 de abril era estar no maior número de cidades possível, então a gente pulverizou bastante o movimento, a gente esteve em três vezes mais cidades do que a gente esteve no dia 15 [de março], então o nosso objetivo foi completado”.
E Murilo completou: “Aqui em Goiânia a gente teve até reclamações de muitas pessoas que desejavam ir, mas não receberam a notícia. A gente atribui bastante isso à nossa principal ferramenta de disseminação, que estava sendo o Facebook”. E conclui: “Foi um relato do Brasil inteiro, a gente não sabe o que aconteceu de verdade, mas a queda na efetividade dessas divulgações de tudo o que era relativo a impeachment caiu quase a metade”.
A “Marcha pela Liberdade” deve terminar no próximo dia 27, quando os jovens chegam a Brasília. Lá, eles pretendem protocolar um documento pedindo o impeachment da presidente. A partir dessa data será montado um acampamento por tempo indefinido em frente ao Congresso como forma de pressionar a votação do pedido. “15 de março e 12 de abril serviram para deixar a Dilma Rousseff encapsulada em Brasília”, disse Renan. “Se a presidente está sitiada em Brasília, nós temos que ir até Brasília”, argumentou.
A entrevista completa estará na próxima edição do Jornal Opção, disponível online e nas bancas a partir do próximo domingo (24).