Promotores vão auxiliar na apuração de assassinatos de mulheres em Goiânia
11 agosto 2014 às 11h01

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Número de homicídios investigados deve aumentar para 18. Nova reunião de integrantes do MPGO está agendada para o fim da semana

A força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP) para investigar os assassinatos de mulheres em Goiânia vai contar com o apoio do Ministério Público de Goiás (MPGO). Na sexta-feira (8/8), cinco promotores de Justiça que atuam no Tribunal do Júri da capital reuniram-se para assegurar apoio às investigações.
A conversa entre Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, João Teles de Moura Neto, Maurício Gonçalves de Camargo, Paulo Pereira dos Santos e Sebastião Marcos Martins definiu estratégias sobre como vão atuar diante os casos. Eles poderão realizar diligências durante os processos. Segundo a assessoria do MPGO, nenhum dos promotores vai se pronunciar sobre os casos.
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No fim da semana, o grupo deve se reunir com algum dos 16 delegados que apuram os crimes para colher detalhes. Nove investigadores são da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), três atuam em outras delegacias e outros três do interior.
Serial killer
No início do mês, a atuação de um serial killer não foi descartada pela Polícia Civil. A possibilidade foi levantada após a circulação de áudio pelo aplicativo de conversas por celular WhatsApp, em que uma garota alertava para a atuação de assassino de mulheres em determinados setores da capital em uma motocicleta e capacete pretos.
Casos de homicídios contra mulheres jovens em Goiânia em que os suspeitos teriam características semelhantes foram registrados antes e depois da divulgação da mensagem de voz. As ações eram parecidas: o criminoso se aproximava e disparava, matando a vítima sem levar nada. Contudo, o titular da DIG, Murilo Polati, pontuou que os veículos utilizados são de marcas e cilindradas diferentes e as descrições físicas não são as mesmas.
No sábado (9), uma manifestação de familiares e amigos das vítimas reuniu cerca de 2 mil pessoas na Praça Cívica.
Novo caso
Neste ano, foram registrados 40 casos de assassinatos de mulheres na capital, sendo que 11 foram solucionados. Na lista, estão incluídos 18 em que os suspeitos estavam em motocicletas de cor escura — 15 de mulheres assassinadas, uma tentativa de homicídio, a morte de um homem. O número de casos investigados pode aumentar.
Segundo o delegado Deusny Aparecido Filho, superintendente da Polícia Judiciária da Polícia Civil, que lidera a força-tarefa, mais um crime em circunstâncias semelhantes deve ser acrescentado. Seria a morte da estudante Arlete dos Anjos Carvalho, de 16 anos, no dia 28 de janeiro. A última vítima foi Ana Lídia Gomes, de 14 anos, morta no dia 2 de agosto em um ponto de ônibus no Setor Conjunto Morada do Sol.
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