O projeto Raízes Kalungas, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), foi vencedor na categoria Impacto Social da 2.ª edição do Prêmio Inovação do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O anúncio ocorreu na quarta-feira, 3, durante o 5º Encontro Nacional de Laboratórios de Inovação do Judiciário (FestLabs), realizado na Escola Judicial do Poder Judiciário do Estado do Pará (EJPA).

Esta é a segunda premiação nacional conquistada pelo projeto sob a gestão do presidente do TJGO, desembargador Leandro Crispim. Além do primeiro lugar em Impacto Social, a iniciativa também garantiu o segundo lugar na categoria Serviços Judiciários Inovadores para os Usuários – Inovações com Resultados Comprovados, ampliando seu reconhecimento nacional.

O prêmio, regulamentado pela Resolução CNJ nº 395/2021, valoriza iniciativas criativas que modernizam a Justiça e melhoram o atendimento à sociedade. Ao todo, as propostas foram avaliadas em três eixos: Gestão Judicial Inovadora, Tecnologia Judicial Inovadora e Serviços Judiciários Inovadores para os Usuários.

Reconhecimento institucional

O presidente do TJGO destacou que os resultados consolidam o tribunal como referência em inovação.

“Esse resultado mostra que o Tribunal de Justiça de Goiás está comprometido com a inovação e com a busca de soluções que aproximam o Judiciário da sociedade. O Raízes Kalungas tem vencido prêmios em diferentes esferas, o que demonstra todo o potencial do projeto e a força do trabalho coletivo realizado em Goiás”, afirmou Crispim.

A juíza auxiliar da Presidência e coordenadora do Laboratório de Inovação do TJGO (Inovajus), Jussara Louza, ressaltou que a premiação reforça a importância de investir em inovação institucional.

“O Inovajus nasceu para criar um ambiente de colaboração, onde novas ideias possam ser testadas e transformadas em práticas que geram impacto real”, disse.

Já o juiz auxiliar da Presidência e coordenador do Raízes Kalungas, Reinaldo Dutra, destacou o caráter social da iniciativa.

“O projeto é fruto de um esforço coletivo de levar o Judiciário para mais perto da comunidade quilombola, promovendo cidadania e acesso a direitos. Esse reconhecimento demonstra que a inovação também se faz com inclusão e compromisso social”, declarou.

O projeto

Criado em 2024, ainda na gestão do desembargador Carlos França, o Raízes Kalungas vem sendo ampliado na atual presidência. A ação é voltada para a comunidade quilombola Kalunga, considerada o maior território quilombola do país. Entre as atividades oferecidas estão: emissão de documentos civis, atendimento jurídico, capacitação, atividades educativas e a instalação de Pontos de Inclusão Digital.

A Escola Judicial do TJGO também participa do projeto por meio de um grupo de pesquisa específico e iniciativas formativas.

Na cerimônia de premiação, o tribunal foi representado pela subdiretora de Planejamento e Inovação, Ludmila Rosa, pela coordenadora administrativa do Inovajus, Jaquelline Martins e Silva, e pela servidora Marília Pires Pontes.

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