“Prevaleceu a Justiça”, diz João Campos ao comentar liminar que garantiu funcionamento de sua igreja
06 julho 2020 às 10h18

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Em gravação, de pouco mais de quatro minutos de duração, parlamentar considerou decretos “um absurdo” e completou: “quem governa precisa conhecer as leis e a Constituição para não cometer abusos”

Após a Igreja Assembleia de Deus, ministério Vila Nova, do pastor evangélico e deputado federal João Campos (Republicanos) conseguir uma liminar para realizar seus cultos presencialmente, o parlamentar decidiu gravar um vídeo para celebrar sua conquista e orientar os demais líderes religiosos do Estado.
Na gravação, de pouco mais de quatro minutos de duração, Campos diz que “prevaleceu a justiça”. Os decretos, segundo ele, ofendem a Constituição e todos os tratados dos quais o Brasil é signatário na área de Direitos Humanos. “Um absurdo. Eu, pastor João Campos, pastor desde 1996, não poderia concordar com essa agressão e esse abuso”, declarou.
O decreto, para ele, significa não apenas o fechamento das igrejas. “Significa que nós, pastores, não podemos ir à casa de um fiel orar por ele, ministrar uma palavra de conforto por que isso é atividade religiosa. Se a ministração da palavra de Deus é importante, porque conforta e da esperança às pessoas, imagine em tempos de pandemia. A igreja é o hospital da alma”, argumentou.
Em seguida, disparou contra os gestores responsáveis pela assinatura do decreto: “me estranha muito pois essas autoridades em pleito eleitoral tiveram largo apoio dos cristãos desse Estado. Aderir a um decreto absurdo, nessa parte, não é possível. Quem governa precisa conhecer as leis e a Constituição para não cometer abusos. Eu não me calarei. Chega de abuso, que haja respeito”.
Em outro trecho da gravação, Campos orienta as demais lideranças religiosas a seguirem o mesmos passos para garantir o funcionamento de seus templos. “Qualquer igreja, de qualquer culto, qualquer líder religioso, poderá, através de advogado, se habilitar de um processo que eu entrei no TJGO e pedir que estenda os efeitos dessa decisão aos demais”.
Vale lembrar que a partir da liminar de tutela de urgência, concedida pelo Desembargador Delintro Belo, a igreja Assembleia de Deus ministério Vila Nova será a única instituição religiosa a poder furar o isolamento.