Deputado Bruno Peixoto, responsável pelo diretório metropolitano, minimizou recentes críticas de Agenor e Iris ao prefeito Paulo Garcia

Presidente do PMDB Metropolitano, Bruno Peixoto, e prefeito Paulo Garcia: aparar arestas é a missão | Fotos: Y. Maeda e Fraçois Callil
Presidente do PMDB Metropolitano, Bruno Peixoto, e prefeito Paulo Garcia: aparar arestas é a missão | Fotos: Y. Maeda e Fraçois Callil

O diretório metropolitano do PMDB se reuniu com a bancada do partido na Câmara Municipal de Goiânia para discutir o desentendimento entre peemedebistas e o prefeito da capital, Paulo Garcia (PT).

Nos últimos dias uma crise interna tomou o Paço, após o vice-prefeito, Agenor Mariano, do PMDB, criticar o projeto de reajuste do IPTU/ITU proposto pela administração municipal. O prefeito, chateado, respondeu os ataques de seu vice. Desde então, petistas e peemedebistas trocaram farpas publicamente.

Até o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) — que foi eleito com Paulo como vice e, em 2012, ajudou a elegê-lo — entrou na confusão. E, em meio ao furacão, integrantes de ambos partidos chegaram a defender o rompimento da aliança.

Para contornar a situação, que tomou proporções astronômicas, ficou decidido, então, que os peemedebistas irão se encontrar com o prefeito Paulo Garcia nesta sexta-feira (20/11).

Segundo o deputado estadual Bruno Peixoto, presidente do diretório metropolitano, não há “crise” entre PT e PMDB. “Vamos nos reunir, como partido aliado que somos, e acabar de uma vez por todas com a ideia de crise política”, adiantou.

Ainda segundo o presidente, qualquer dúvida acerca desse assunto será terminada amanhã. “Não somos oposição, temos um compromisso com a gestão, com Goiânia”, arrematou,

Eudes Vigor foi o único vereador que acompanhava Peixoto na saída do encontro. Por volta de 20 horas, a dupla deixou o prédio do diretório estadual.

Em entrevista ao Jornal Opção, o parlamentar afirmou que o clima “é o melhor possível”: “Estamos preparados para o diálogo com o prefeito”.

No entanto, chamou a atenção a maneira como ele falou sobre a relação PT-PMDB. “Somos de um partido que tem a aliança que permitiu Paulo Garcia se sentar na cadeira de prefeito, então temos direito de apresentar um caminho”, sustentou sem dar mais detalhes de que caminho seria este.

Mesmo com o aparente clima de “paz e amor”, não há garantia de que a parceria vá continuar. Os vereadores, por motivos óbvios, defendem a manutenção da aliança — pelo menos até o ano que vem. Contudo, especula-se que há a possibilidade de rompimento imediato.

Samuel Belchior, ex-presidente estadual, também esteve presente. Ao comentar a reunião, ressaltou que os peemedebistas irão apresentar demandas ao prefeito Paulo Garcia, embora não tenha comentado sobre quais seriam.

Questionado sobre se as demandas tratavam de cargos, ele negou: “Quando me convidaram para participar da reunião, perguntei se iriam tratar de espaço na prefeitura, me garantiram que não. Não acho que esse seja o caminho”.

Apontado como pivô da crise, o vice-prefeito Agenor Mariano esteve presente na reunião. No entanto, não vai participar do encontro desta sexta.

Participaram, ainda, os vereadores Célia Valadão, Clécio Alves, Izídio Alves, Wellington Peixoto e Mizair Lemes Júnior. Denício Trindade e Paulo Borges (que está licenciado na secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnologia) não estiveram presentes porque  estavam fora da cidade.