Mandado de prisão foi expedido contra Eurípedes Júnior. Polícia Federal não confirma se ordem já foi cumprida

A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quinta-feira (18/10), a Operação Partialis que investiga desvios de recursos públicos na ordem de R$ 2 milhões. O dinheiro seria destinado para compra de gases medicinais em Brasília, Marabá e Altamira no Pará.

Entre os investigados está o presidente nacional do PROS, o goiano Eurípedes Júnior. Contra ele, foi expedido um mandado de prisão temporária. A PF ainda não confirmou se a ordem foi cumprida.

O ex-prefeito de Marabá, João Salame Neto, quem também é do PROS é outro investigado da operação. Ele foi preso por volta das 6 horas, em uma residência no Lago Norte em Brasília.

Os investigados responderão por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, uso de documento falso, falsidade ideológica e apropriação de dinheiro público.

Avião

De acordo com a PF, com recursos desviados, um dos empresários presos pela Operação Asfixia, deflagrada em junho de 2016, comprou uma aeronave que foi trazida para Goiânia onde ficou sob a responsabilidade da direção nacional do Pros.

Segundo a PF, a empresa que vendeu a aeronava e a direção do Pros tentaram, ilicitamente, justificar como aconteceu a compra da aeronave. A Receita Federal encontrou diversas irregularidades com movimentações bancárias cinco vezes maior do que as que foram declaradas.

Jornal Opção entrou em contato com o Pros que por meio de nota disse que já declarou todas as informações à justiça eleitoral e que tem seu pleno funcionamento amparado pelo sistema jurídico. Além disso, informou que os advogados do partido e do presidente da sigla ainda não tomaram conhecimento do teor da notificação e, portanto, assim que tiverem acesso processual, logo responderão. Veja a nota na íntegra:

Sobre as notícias de hoje (18/10) acerca de uma operação da Polícia Federal e Receita Federal em endereços relacionados ao PROS, o partido esclarece que:

– O PROS já declarou todas as informações à justiça eleitoral e tem seu pleno funcionamento amparado pelo sistema jurídico, prestando conta aos órgãos de fiscalização e, especialmente, à sociedade;

– Os advogados do partido e do presidente da sigla ainda não tomaram conhecimento do teor da notificação e, portanto, assim que tiverem acesso processual logo responderão. De toda forma, não há qualquer relação com as informações inicialmente apontadas e nem com a prefeitura de Marabá;

– O ex-prefeito de Marabá, João Salame, não é filiado ao PROS conforme certidão do TSE;

– O MP se pronunciou contrário à prisão temporária presente na decisão judicial que gerou a operação;

– Não há qualquer envolvimento do partido ou do presidente do partido em atos ilícitos;

– Todas as movimentações partidárias são devidamente informadas aos órgãos competentes conforme legislação.