“Prefeitura está dando aquilo que não tem”, diz vereadora sobre áreas destinadas ao IPSM

20 setembro 2018 às 12h00

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Matéria deve ser apreciada em segunda votação na sessão ordinária da próxima terça-feira (25/9)
O projeto que trata da reforma da Previdência, aprovado na Comissão do Trabalho nesta quarta-feira (19/9), foi alvo de discussão na sessão ordinária desta quinta-feira (20). Insatisfeitos com a aprovação da matéria na comissão, os vereadores Eduardo Prado (PV) e Cairo Salim (Pros) apresentaram requerimento para que o projeto fosse sobrestado.
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“Nós precisamos fazer uma análise minuciosa das áreas que estão destinadas ao IPSM. Eu acho que esse projeto tem que passar pela Comissão de Habitação para que todas essas áreas sejam visitadas. É preciso colocar uma lupa em cima disso. Chegou a ser coloca uma área em frente ao Aldeia do Vale, um bosque avaliado em R$ 104 milhões”, defendeu Cairo.
Já o vereador Eduardo Prado criticou o fato de o projeto englobar áreas que, segundo ele, já foram utilizadas de espólio para a expansão da Marginal Botafogo.
“Ele [prefeito] já utilizou essa área de espólio para expansão da marginal e não cumpriu com o contrato, não cumpriu com a lei. Isso é crime de responsabilidade. Ele deveria ter averbado isso no cartório, se utilizar essa área vai ser pior, é crime!”, denunciou.
A vereadora Cristina Lopes (PSDB), afirmou que a “prefeitura está dando aquilo que não tem”. Segundo ela, entre as áreas arroladas no projeto, existe, inclusive, um pedaço de uma escola municipal.
“Um pedaço de uma escola está sendo desmembrada pra ser entregue ao IPSM. Uma escola que funciona muito bem. É assim que se faz? Isso é um projeto correto? “, questiona.
O relator da matéria na Comissão do Trabalho, vereador Carlin Café (PPS) rebateu garantindo que todas as áreas possuem certidão.
“Eu estou aqui com as certidões atualizadas. Como relator eu tive o cuidado de buscar a certidão que está nas minhas mãos. O projeto ainda dá a garantia ao IPSM de a qualquer momento transferir essas áreas”, argumentou.
A matéria deve ser apreciada em segunda votação na sessão ordinária da próxima terça-feira (25/9). O vereador Eduardo Prado anunciou que vai pedir destaque das emendas relativas ás áreas que denunciou para que sejam excluídas do projeto.