Prefeitura emite alerta quanto aos riscos da onda de calor em Goiânia

22 setembro 2023 às 10h44

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A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs), fez um alerta aos profissionais de saúde e à população em geral quanto aos riscos da onda de calor. A previsão é de que, na Capital, as temperaturas fiquem em 5ºC acima da média em um período que vai até domingo, 24.
Além das altas temperaturas, a umidade relativa do ar pode chegar ao estado de emergência, com índices abaixo de 12%. A previsão para o domingo é de temperatura máxima em torno de 39ºC e umidade mínima de 10%.
O Cievs explica que a ocorrência de dias com elevada temperatura (acima de 32ºC) representa riscos para a saúde, especialmente em populações com condições vulneráveis a agravos e doenças relacionadas ao calor (confira ao final as recomendações).
Apesar do Instituto Nacional de Meteorologia disponibilizar a previsão de temperaturas até domingo, 24, as recomendações deverão continuar sendo adotadas nos próximos meses, uma vez que as temperaturas poderão se manter elevadas.
Onda de calor
Uma massa de ar extremamente quente poder elevar as temperaturas para 40ºC ou acima em diversos estados brasileiros, incluindo Goiás. Mesmo com a situação de calor intenso prevista para essa época do ano, a situação ainda será mais severa, principalmente nos estados do Centro-Oeste. Segundo o MetSul Meteorologia, a expectativa é de ocorram recordes históricos de temperatura.
Principais impactos sobre a saúde
- Stress térmico: resultado da sobrecarga de calor no corpo, no qual a temperatura corporal está acima de 40°C e há a perda completa ou parcial de consciência e/ou capacidade mental reduzida.
- Exaustão pelo calor: causada pela perda excessiva de água e sal, cujo sintomas incluem a transpiração, fraqueza, tonturas, náuseas, dor de cabeça, câimbras musculares e diarréia.
- Desmaios pelo calor (síncope): ocorre pela perda de fluídos do corpo por meio do suor e pela diminuição da pressão sanguínea. Os sintomas incluem tontura temporária e desmaios resultantes de um fluxo insuficiente de sangue para o cérebro enquanto a pessoa está em pé ou sentada.
- Cólicas pelo calor: ocorre devido ao desequilíbrio de sal resultante de uma falha para substituir o sal perdido através de transpiração excessiva, a principal manifestação são as dores musculares excessivas.
- Brotoeja pelo calor (miliária rubra): é a manifestação da inflamação de glândulas sudoríparas ocluídas que são acompanhadas de pequenas manchas vermelhas na pele.
- Edema pelo calor: inchaço induzido pelo calor, frequentemente perceptível nos tornozelos, pés e mãos.
- Intoxicação alimentar: o calor pode estragar mais rapidamente os alimentos se não conservados adequadamente.
Recomendações gerais
- Evitar a exposição direta ao sol, em especial, entre às 10 e às 16 horas.
- Aplicar protetor solar diariamente, de preferência de 3 em 3 horas.
- Usar chapéus e óculos escuros, proteger as crianças com chapéu de abas.
- Usar roupas soltas, de preferência de algodão.
- Diminuir os esforços físicos e preferir repousar em local fresco, arejado e com sombra.
- Não fazer atividades físicas cansativas sob o sol.
- Aumentar a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede.
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar;
- Fazer refeições leves, pouco condimentadas.
- Manter ambientes domésticos e de trabalho bem ventilados ou climatizados.
- Para as pessoas que trabalham na rua como garis e vendedores ambulantes, por exemplo, recomenda-se pausas com maior frequência às sombras, utilização de protetores solares e muita hidratação. Se possível reduzir a exposição entre 10 e 17 horas.
Recomendações para as escolas
- Incentivar os estudantes a levar garrafas de água de casa para as escolas e repor sempre que necessário.
- Oferecer água, se possível gelada, para os estudantes, várias vezes durante o período de aula, mesmo que não queiram tomar, e explicar a importância da ingestão de água.
- Suspender as atividades que requeiram esforço físico, principalmente atividades ao ar livre no período compreendido entre 10 e 17 horas, substituindo-as por jogos de mesa, aulas de música, leitura e pesquisas.
- Preferir a utilização de roupas mais leves e claras e utilizar protetor solar.
- Dê preferência a lanches leves como frutas ou a base de vegetais. Evitar laticínios, como queijo e iogurtes, que podem estragar fácil caso não sejam mantidos em refrigeração adequada.
- Evitar brincadeiras de agitação, para evitar que as crianças transpirem e desidratem.
- Promover momentos refrescantes com atividades com o uso de água, como utilização de borrifadores e mangueiras.
- Os profissionais da unidade escolar devem ter atenção redobrada para identificar crianças abatidas. Em casos de desmaios, tonturas, epistaxe (sangue e coágulos pelas narinas) e mal-estar, acionar as famílias e encaminhar para a unidade de saúde mais próxima.
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