Prefeitura cria clima para aprovação de reajuste com apoio da base: índice seria de 25%
18 dezembro 2014 às 12h28
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Nova articulação vai aprovar o índice apresentado anteriormente, de 39,8%, e Comissão de Finanças deve alterar alíquota para 25%
A base aliada ao Paço Municipal criou clima favorável para a aprovação do projeto de reajuste linear do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU/ITU) da capital na próxima sexta-feira (19/12), na Câmara de Vereadores de Goiânia. Após reunião com o prefeito Paulo Garcia (PT) na tarde da última quarta-feira (17), os vereadores chegaram ao valor de 25% para 2015.
O primeiro sinal de que a base aceitaria votar a favor ficou perceptível quando a tramitação do projeto na Casa foi alterado pelos parlamentares nesta quinta-feira (18). A expectativa é a de que o antigo índice de 39,8% — apresentado no dia 28 de novembro — seja aprovado em primeira votação no plenário. De lá, segue para a Comissão de Finanças, onde vai receber emenda com redução de 24%.
O índice agradaria aliados, ante os 29% apresentados pelo líder do Governo na Casa, Carlos Soares (PT), após falha na tentativa de acordo com os apoiadores da prefeitura.
Presidente da Comissão Finanças, Welington Peixoto (Pros) disse ao Jornal Opção Online que indicou Deivison Costa (PTdoB) para ser o relator do projeto. Ele deve emitir parecer favorável ao projeto, caso aprovado em primeira votação.
Para receber o projeto na Comissão Mista, caso o projeto seja aprovado em primeira votação a base aliada se movimentou, abrindo e suspendendo a reunião do colegiado.
Secretário de Finanças, Jeovalter Correia também esteve na Câmara para articular com aliados antes do início da sessão desta quinta.
O projeto deve obedecer o período de intertício de 24 horas após a chegada na Comissão Mista para ser votado na sessão de amanhã. Sábado (20) é o prazo final para a aprovação, devido ao fim do ano fiscal para a prefeitura. O reajuste para 2016, de 29,7%, foi mantido.
Tentativa frustrada
A oposição tentou articular o esvaziamento do plenário para que não houvesse quórum para a apreciação. No entanto, sem sucesso, pois a manobra não era consenso entre os oposicionistas.
Djalma Araújo (SD), Pedro Azulão Jr. (PSB), Felisberto Tavares, Tayrone di Martino (ambos do PT), o líder do Bloco Moderado — o grupo vai votar contra –, Zander Fábio (PSL) e os tucanos Cristina Lopes e Geovani Antônio criticaram na tribuna o vai e volta da Prefeitura de Goiânia.
Enquanto um dizia que o novo valor poderá ser aprovado sem a realização de audiências públicas, outros criticavam a celeridade dada ao projeto. Apesar de declarar voto contrário, Elias Vaz (PSB) relatou que os 24% a ser apreciado é uma”vitória parcial da população. “Paulo Garcia perdeu a queda de braço com sua base, que impôs o novo reajuste, com a pressão da sociedade goianiense e da imprensa”, avaliou.